14/07/2009

Jazz em Agosto 2009

Em 2009 cumpre-se um ciclo de 25 anos do Jazz em Agosto. A 26ª edição, desenrola-se sob o conceito Ícones e Inovadores, e apresentará personalidades do jazz contemporâneo que têm forjado novas linguagens e novas identidades, ao longo do último quarto de século. O Jazz em Agosto 2009 tem uma identidade própria e continua a desbravar as tendências do jazz contemporâneo,com uma fórmula fixa,a aposta na qualidade - não apresentam muitos concertos, entre os 10 e os 12. É um dos melhores festivais de musica que se realizam em Portugal. George Lewis, Dave Douglas e Butch Morris à frente da Nublu Orchestra são alguns dos destaques do Jazz em Agosto na Fundação Gulbenkian, um festival de música não convencional. «Quem vem ao Jazz em Agosto é porque já tem uma predisposição para ouvir uma música, precisamente, não convencional», disse à Lusa o director artístico do festival, Rui Neves. Os grandes destaques do certame «vão para todos os concertos que decorrerem no anfiteatro ao ar livre e se dirigem a um público mais alargado, sendo a charneira do festival» que cumpre este ano a sua 26ª edição. George Lewis Sequel abre o Jazz em Agosto no dia 01 desse mês, e no dia seguinte, no mesmo palco, estará Butch Morris a dirigir a sua Nublu Orchestra. A 06 de Agosto, também ao ar livre, actuará Dave Douglas & Brass Ecstasy, e no dia seguinte Buffalo Collision. Ainda no anfiteatro ao ar livre, nos jardins, toca o quarteto de Peter Evans, encerrando o festival, neste mesmo palco, dia 09, Bill Dixon com a Exploding Star Orchestra. O Jazz em Agosto acontece também nos auditórios 02 e 03 da Fundação com outros concertos, exibição de filmes e uma palestra de George Lewis (dia 02) que falará da sua obra de mais de 600 páginas, «A power stronger then itself/The AACM and American Experiemntal Music». Rui Neves disse à Lusa que o Jazz em Agosto «tem privilegiado as expressões inovadoras do jazz, nem todas experimentais, mas são as que se destacam». Referindo-se aos filmes, sublinhou que estes «são documentais e não DVD de música, resultando de estudos aprofundados». Entre os vários filmes que serão exibidos salientou «Imagine the sound» (1981) do canadiano Ron Mann que articula entrevistas e actuações de Cecil Taylor, Paul Bley, Archie Shepp e Bill Dixon. Mann filmou quando tinha 23 anos, na década de 1960, e só 30 anos mais tarde editou o filme que será agora apresentado ao público português. Do cartaz deste ano constam ainda Rough Americana (no dia 02 de Agosto), o trompetista Peter Evans a solo (dia 07), Franziska Baumann e Matthias Ziegler (dia 08), Propagations (dia 09), todos no Auditório dois da Fundação Calouste Gulbenkian.

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