11/02/2012

Ai Weiwei + Herzog & de Meuron

Todos os anos, a galeria convida a renomados arquitectos internacionais que não tenham ainda construído no Reino Unido, para projectar um pavilhão temporário onde se realizam atividades públicas na relva da galeria, localizado no Hyde Park de Londres.

O projecto da construção temporária de um pavilhão para a Serpentine Gallery começou em 2000, acolhendo todos os anos no Verão, no Hyde Park, instalações dos arquitectos mais conhecidos no mundo. Ai Weiwei e Herzog & de Meuron sucedem assim a Peter Zumthor, Oscar Niemeyer, Rem Koolhaas, Zaha Hadid, Frank Gehry e Jean Nouvel. Em 2005, Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura foram os responsáveis pelo projecto.

Quatro anos depois de terem projectado o estádio nacional de Pequim, mais conhecido como o “Ninho de Pássaro”, o controverso artista chinês Ai Weiwei e a dupla de arquitectos suíça Herzog & de Meuron vão voltar a trabalhar juntos este ano na 12ª edição da Serpentine Gallery Pavilion, em Londres, anunciou esta terça-feira a galeria.

Em 2011 o conceito para o pavilhão foi um jardim dentro de um jardim. Um espaço interior no qual pode-se sentar, caminhar e observar as flores, abstraindo-se dos ruídos e da agitação de Londres.O maravilhoso pavilhão/jardim/espaço foi encomendado pela Serpentine Gallery, ao mundialmente famoso arquitecto suíço Peter Zumthor. E incluia um jardim(Hortus Conclusus), criado especialmente pelo influente paisagista holandês Piet Oudolf.

Ai Weiwei, que com os arquitectos Herzog & de Meuron, venceu o prémio RIBA Lubetkin com o desenho do estádio, construído para os Jogos Olímpicos em 2008, será agora o responsável pela instalação temporária no Hyde Park, que este ano integra as comemorações do London 2012 Festival, a propósito da realização dos Jogos Olímpicos na cidade.

A equipa por trás um dos mais célebres estádios Olímpicos na história, o Ninho de Pássaro nos Jogos de Pequim em 2008, vai se reunir para construir o Pavilhão Serpentine deste ano.

Os arquitetos Herzog e de Meuron vão se reunir com o artista Ai Weiwei, que está sob escrutínio cada vez mais das autoridades chinesas. Ele foi preso o ano passado por "crimes economicos", que desencadeou uma mensagem de protesto na Tate Modern, onde ele já tinha enchido o Turbine Hall com sementes de girassol em 2010. Um pouco de puro acaso, o redesenvolvimento da Tate Modern, e a nova extensão, foram desenhados por Herzog e de Meuron.

No comunicado a Serpentine Gallery, explica que a instalação deste verão proporcionará aos visitantes uma viagem aos projectos dos anos anteriores. Vão ser construídas doze colunas, que representarão cada edição, inclusive a deste ano, e que apoiarão uma plataforma flutuante, que ficará a 1,5 metros do chão. “Seguindo uma abordagem arqueológica, os arquitectos criaram um design que vai inspirar os visitantes a olhar para baixo da superfície do parque assim como a olhar para trás no tempo através dos fantasmas das estruturas antigas”.

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