16/01/2011

HEROIS DO MAR

Os Heróis do Mar foram uma banda de pop-rock portuguesa formada em Março de 1981 por: Paulo Pedro Gonçalves (guitarra), Carlos Maria Trindade (teclas), Tozé Almeida (bateria), Pedro Ayres Magalhães (baixo) e Rui Pregal da Cunha (voz).

O grupo é formado em Março de 1981, todos os elementos já tinham experiência musical em virtude de vários projectos realizados anteriormente. A escolha do nome, foi tirado do primeiro verso do hino nacional português, A Portuguesa. Também o visual inicial da banda, caracterizado como algo neo-militarista, e as letras, que reflectiam, inicialmente e até certo ponto, a glorificação de um Portugal passado, não agradaram a muita gente.

Aquando do lançamento do álbum de estreia, no Outono de 1981, a memória do Estado Novo estava ainda muito fresca e por essa razão a polémica instalou-se em torno do grupo, sendo inclusivamente acusado de fascista e neonazi. Os membros da banda afirmaram mesmo que eram proibidos de actuar a sul do rio Tejo.

Em 1982, lançam o single Amor, que se torna um grande êxito, chegando a obter mesmo o disco de platina. Em 1983, o grupo lança o álbum Mãe, o qual é bem recebido pela crítica, mas não tão bem recebido pelo público. O Single Paixão, torna-se um sucesso de rádio. O mini-LP lançado em 1984 intitulado O Rapto, apenas o single Só Gosto de Ti, conseguiu ter algum êxito. Em 1985, o single A Alegria, resulta num sucesso de rádio.

O Visual neo-militarista deu lugar a um visual mais ousado, menos polémico, mas mesmo assim ainda demasiado arrojado para a época, com muito cabedal e calças de ganga rasgadas.

Os cinco músicos começaram a empenhar-se em projectos a solo, Pedro Ayres Magalhães assumiu a direcção da editora Fundação Atlântica, produzindo discos de Né Ladeiras, de Anamar e dos Delfins, e formou os Madredeus.

Os Heróis do Mar colaboraram no último disco de António Variações "Dar e Receber", no qual Magalhães e Trindade foram responsáveis pela produção e pelos arranjos.

Em 1986 é lançado o álbum Macau, que renovou o fôlego e o vigor do grupo.

Em 1990, o grupo separa-se devido a conflitos internos. No entanto todos os elementos continuaram a dedicar-se à música, com excepção de Tozé Almeida, que acabou por se dedicar à produção de programas televisivos, publicidade e alguns telediscos.

A história da banda é revisitada no documentário "Brava Dança", de Jorge Pereirinha Pires e José Pinheiro. O documentário, diz a revista Blitz, "propõe ainda uma reflexão sobre Portugal e a música do pós-25 de Abril".

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