17/12/2010

SPIN 2010

Fim de ano a aproximar-se e muitas listas sobre o que aconteceu começam a serem feitas. Ultimamente começa a estar na moda fazer listas de tudo o que mexe....o mundo da música são as que mais aparecem. Tanto que até os próprios músicos arriscam a citar bandas que se encaixam nessas categorias.

A Spin.com ouviu 25 artistas os quais citaram o seu álbum e a música favorita deste ano.

Brendan Canning dos Broken Social Scene escolheu apenas o álbum favorito, “Pigeons” dos Here We Go Magic. “Eu gosto de como este disco soa como se não fosse feito por garotos. Há maturidade nele”, comenta Brendan. O fundador dos Broken Social Scene conhece os Here We Go Magic desde o primeiro álbum, e desde então a banda tem feito os shows de abertura para os BSS.

Liela Moss, vocalista da banda inglesa Duke Spirit, escolheu- Melhor álbum: “Teen Dream” dos Beach House pois apesar da produção simples, o álbum contém uma sonoridade muito boa com belas harmonias e músicas sólidas. Melhor música: “Dancing on My Own” da cantora Robyn pois Liela ama dançar na cozinha ao som desta canção.

A vocalista dos Florence and the Machine, Florence Welch, escolheu “The Suburbs” dos Arcade Fire como melhor álbum de 2010. Ela gosta muito da banda e quando ouviu o primeiro álbum “Funeral” de 2004, ela teve que parar para ouvir tudo. O som dos Arcade Fire fez com que Florence parasse para repensar que tipo de música queria fazer.

Anand Wilder, membro da banda de rock experimental Yeasayer, escolheu a música “Luv it Mayne” do Das Racist. Anand ouvi a mixtape do grupo de rap junto com sua banda no final da turnée Européia. Já o melhor álbum é “Open Window” de Ken Seeno. Wilder deu uma de DJ e tocou este álbum por completo numa festa de um dos membros dos Yeasayer. Para Wilder não é necessário que as músicas tenham vocais.

Bethany Cosentino faz parte do trio californiano Best Coast e escolheu “Teen Dream” dos Beach House. Ela ouviu este disco durante toda a turnée da sua banda principalmente nos dias mais cinzentos. Victoria Legrand tem uma voz única, segundo Bethany. É como se Victoria fumasse muitos cigaros fazendo com que sua voz fique um pouco rouca. As músicas soam como algo que ninguém tenha tocado até o momento. Já a música do ano para Bethany é a “Up All Night (Feat. Nicki Minaj)” de Drake. Este é o seu rapper favorito e Nicki é a segunda. Minaj sempre foi esteve nas músicas das outras pessoas mas agora ela está fazendo suas próprias músicas. Já Drake tem uma bela voz, coisa rara no rap, segundo Bethany.

Marnie Stern, cantora e compositora de Nova Iorque, escolheu “Pentagonian Rats” de Tera Melo. Este disco tem uma sensibilidade pop porém mantém um sentimento experimental. As textura e barulhos utilizados torna-o um álbum coeso sem perder a musicalidade que faz desta uma banda única.

Patrick Stickles da banda de punk e indie rock de Nova Jersey, Titus Andronicus, escolheu “Stuck On Nothing” do quinteto Free Energy. Neste álbum está também a música do ano para Patrick, “Bang Pop”. O álbum é para Patrick um daqueles discos que contém músicas raras. Cada uma mostra o seu próprio peso. Stickles descreve “Stuck On Nothing” como um daqueles álbuns que serão lembrados daqui a 10 anos e que ao ouvir ele vai lembrar-se de todas as letras assim como “Blue Album” dos Weezer, ou “Is This It” dos Strokes, entre outros.

O frontman do Passion Pit, Michael Angelakos, escolheu “Go” de Jónsi. Ele leu que este álbum era um disco intimista e acústico porém superou as minhas expectativas, é um álbum alegre e angelical. A maior parte da discografia dos Sigur Rós é sombria porém ao ouvir o Jónsi você pode se divertir muito. E a sua música preferida é “On a Good Day” da Joanna Newsom. Michael pede apenas que as pessoas leiam a letra e vejam como Joanna conta a história com grandes versos. É uma música pop perfeita.

Corin Tucker, mais conhecida pelo seu trabalho com a banda Sleater-Kinney, escolheu apenas o melhor álbum “On the Ones and Threes” dos Versus, uma banda indie dos Estados Unidos do início da década de 90. Corin relata que a banda não lançava nada a pelo menos 10 anos e este álbum é um dos mais elegantes com letras definitivamente lindas. Para ela, os Versus são uma banda de rock porém com lindas harmonias como se fosse uma banda de igreja. É uma mistura de Beatles com Velvet Underground.

Joe Trohman dos The Damned Things escolheu a música “Everlasting Light” dos The Black Keys por se tratar de uma música muito bem produzida, com muito amor, muito groove e cativante. Já o álbum “Wilderness Heart” dos Black Moutain é o preferido para Joe. É um álbum com um som de rock clássico com muitas referências de bandas como Led Zeppelin e Black Sabbath. Cada álbum dos Black Moutain é melhor do que o anterior.

Victoria Legrand da dupla Beach House escolheu apenas o álbum. “Twin-Hand Movement” de Lower Dens é um disco que mereceu a espera para ser lançado. Victoria diz que é um daqueles álbuns que deve ser ouvido uma vez atrás da outra sem parar. Ele fez com que ela se apaixonasse como uma adolescente.

O outro membro dos Beach House, Alex Scally, escolheu música e álbum. Também de Lower Dens é a música favorita do Alex. “I Get Nervous” é uma música perfeita de amor. Simples, mas da melhor maneira. Já o álbum é “Before Today” de Ariel Pink Haunted Graffiti. Ariel é de Los Angeles associado à cena do freak folk. Para Alex o álbum consegue explicar as especificidades e confusões dos sentimentos sem simplificá-los. Poucos artistas conseguem fazer isso, segundo Alex.

Rivers Cuomo, dos Weezer, escolheu um álbum de 1966 como o melhor de 2010. “Pet Sounds” dos Beach Boys. Ele diz que o álbum não é deste ano mas explica que em 2010 ele não ouviu outra coisa que não os Beach Boys. “É perfeito”, Rivers resume.

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