04/08/2010

O MAIOR TITULO DE UM DISCO - FIONA APPLE

Aos 17 anos, Fiona decidiu que a música era o caminho que deveria seguir. Desde criança, recebeu treino musical, tendo tido aulas de piano desde os 4 anos de idade.O divórcio(foi namorada de famosos -o mágico David Blaine e o cineasta Paul Thomas Anderson), possivelmente teve os seus efeitos na vida da artista que, desde jovem, mostrava-se altamente introspectiva e com dificuldades de socialização.

Quando tinha 12 anos, Fiona foi violada por um desconhecido no prédio da sua mãe, facto que deixou marcas profundas na artista- transtornos obsessivos compulsivos e transtornos alimentares, que evoluíram para anorexia nervosa.

A canção Sullen Girl, do disco de estréia Tidal fala dessa traumática experiência. Em entrevista ao programa de Howard Stern, à época do lançamento desse disco, afirmou que não tinha problemas para tratar do assunto pois, segundo ela, "se não se fala de um assunto como esse, ele acaba nos controlando ".

Em 1997, quando foi receber o seu MTV Music Award, fez um discurso ("This world is bullshit!"), reclamando não contra a vida em geral, mas contra o Mundo MTV, das celebridades de plástico. Em entrevista à SPIN, chegou mesmo a prometer o seu suicídio, dizendo que tinha certeza que iria morrer jovem.

Em 1999 lança o seu segundo disco, produzido pelo reputado Jon Brion, intitulado "When The Pawn Hits The Conflicts He Thinks Like A King What He Knows Throws The Blows When He Goes To The Fight And He'll Win The Whole Thing Fore He Enters The Ring There's No Body To Batter When Your Mind is Your Might So When You Go Solo. You Hold Your Own Hand And Remember That Depth Is The Greatest Of Heights And If You Know Where You Stand. Then You'll Know Where To Land And If You Fall It Won't Matter, Cuz You Know That You're Right". O enorme título é um poema que a cantora escreveu em resposta a críticas que lhe foram feitas por causa de uma entrevista dada à revista Rolling Stone.

"I'm underwater most of the time, and music is like
a tube to the surface I can breathe through."

FIONA APPLE, entrevista à revista SPIN.

Apartir de 2004, começou a se encher de histórias e boatos a respeito de "Extraordinary Machine": muitos garantiam que o álbum estava finalizado desde Maio de 2003, mas que a Sony havia se recusado a lançá-lo por falta de um single com potencial radiofónico, o que gerou uma onda violenta de protestos dos fãs.

Além de uma campanha na internet organizaram-se protestos frente à sede da editora nos Estados Unidos exigindo que o álbum fosse posto no mercado imediatamente - o que a multinacional se recusou a fazer (pelo menos era o que se contava), aparentemente por um desejo de forçar Fiona a regravar o material ou ao menos tirar da cartola algum hit que repetisse o fenómeno "Criminal"... Todos diziam que havia ocorrido com "Extraordinary Machine" algo bastante semelhante ao que houve com outro famoso álbum recusado pelo mercado fonográfico mainstream por ser anti-comercial - "Yankee Hotel Foxtrot" dos Wilco: o material proibido foi parar à Internet.



Foi somente em 2005, às vésperas do lançamento oficial do álbum, que outra versão da história passou a circular: não era só a Sony que estava insatisfeita com o material gravado, mas a própria Fiona não havia gostado muito as gravações feitas com o produtor Jon Brion (trabalhou, com Brad Mehldau, Rhett Miller, Rufus Wainwright, Eleni Mandell, Robyn Hitchcock, Evan Dando, Aimee Mann, Elliott Smith, compositor de bandas sonoras, Best Score Soundtrack Album, nomeações de um Grammy pelo seu trabalho em 1999 de Magnolia, e Eternal Sunshine of the Spotless Mind, em 2004 ), contratando Mark Eliozondo para regravar "Extraordinary Machine" quase na íntegra.

"You say you'll never let me fall

from hopes so high

But 'never' is a promise

and you can't afford to lie"

Ou

"I lie in an early bed thinking late thoughts

Waiting for the black to replace my blue

I do not struggle in your web

Cause it was my aim to get caught"

Ou

"Honey, I don't feel so good, don't feel justified

Come on put a little love here in my void"

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