04/07/2009

Jorge Molder

Para a exposição que inaugurou em 22.05.2009 na Chiado 8, Molder fotografou réplicas do próprio corpo. Há qualquer coisa de terrível em Pinóquio, há qualquer coisa de profundamente trágico e inquietante na ideia de uma criança de madeira que ganha vida, e há qualquer coisa desse mesmo desconforto, um desconforto que se reprime e censura mas volta sempre a nascer, pelas fissuras, em Pinóquio, a mostra de Jorge Molder no seu segundo ciclo de exposições. Nas últimas três décadas, Jorge Molder (Lisboa, 1947) tem vindo a desenvolver uma profunda e sistemática exploração da imagem fotográfica enquanto modelo e veículo para a auto-representação. Tendo o próprio corpo como matéria primordial, as suas fotografias confluem no estabelecimento de um universo ficcional, onde impera a figura do duplo, no qual o artista encarna personagens Depois de mais de dois anos com Ricardo Nicolau, o pequeno espaço do edifício sede que a Chiado8 Arte Contemporânea, inaugurou em Janeiro de 2002, é um projecto da Companhia de Seguros Fidelidade Mundial, dedica às artes plásticas e que a Culturgest tem vindo a programar ganha novo curador: Bruno Marchand. Com Ricardo Nicolau, que entretanto se tornou no mais jovem dos curadores do Museu de Serralves, no Porto, houve uma sucessão de artistas mais e menos jovens, nomes como Ana Jotta, Luísa Cunha, Alberto Carneiro, José Loureiro, André Guedes e Leonor Antunes. Bruno Marchand estreia-se, então, com Molder, naquela que é a primeira exposição deste artista desde que há dois meses deixou a direcção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, onde estava faz em Junho 15 anos.

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