A internet é hoje em dia o reflexo daquilo que somos para o bem e para o mal. Eu criei este blogue com o objectivo de falar sobre a cultura pop - musica, cinema, livros, fotografia, dança... porque gosto de partilhar a minha paixão, o meu conhecimento a todos. O meu amor pela música é intenso, bem como a minha curiosidade pelo novo. Como não sou um expert em nada, sei um pouco de tudo, e um pouco de nada, o gosto ultrapassa as minhas dificuldades. Todos morremos sem saber para que nascemos.
27/04/2019
James Blake - The Colour in Anything
Na faixa homónima do álbum The Colour In Anything, James Blake canta sobre o que aconteceria se acordasse um dia e não conseguisse encontrar cor em nada. Blake não verbaliza sobre o que faria, mas também não precisa. Todo o espectro sonoro e lírico do artista move-se em torno desde ponto, onde o invisível e a superfície se unem, sempre com aquela tensão subjacente que se acumula, mas nunca explode completamente. Seja através de mágoa, tristeza ou vazio existencial, James Blake marca a música para aquele momento em que se contempla aquele abismo. Através do pós-dubstep, que quase apadrinhou, soul autotune e aquele hip-hop que tanto o fascina e no qual ele teve tanto impacto (com Kanye, com Kendrick, com RZA, com Travis Scott... e com Beyoncé), as suas canções dominam o espaço, o subtexto e as texturas. E, muitas vezes, fazem-no com angústia já que mesmo que a arte não precise de dor, a dor definitivamente precisa de arte. in primavera sound
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