03/02/2013

ARIANA DELAWARI

A jovem refugiada afegã Ariana Delawari, gravou Lion of Panjshir,  entre Kabul e a cidade norte-americana de Los Angeles, uma viagem folk  intimista, misturando o seu piano, e a  sua guitarra acústica e pontuais ritmos tradicionais, um registo com edição da David Lynch Music.

"Consideramos este o nosso dever - para defender a humanidade contra o flagelo da intolerância, da violência e do fanatismo."  Ahmed Shah Massoud (The Lion of Panjshir).

Ao medo do ressurgimento dos Talibã em Cabul, Delawari voltou para a casa dos seus pais na capital, empenhada em gravar por uma última vez antes da reedição possível das leis de supressão da musica pelos talibãs. Sob o regime talibã, a maioria dos músicos há muito já arrumou e desmantelou os seus instrumentos culturalmente importantes para evitar a perseguição.  

A grandeza de semi-peregrinação de Delawari não pode ser exagerada. Não só a infusão do meio-oriental influência musical encharcar o disco no turbilhão de som justapondo. Guardas armados com metralhadoras  fora de casa de Delawari como um anfitrião inteiro de músicos gravaram a maior parte de Lion of Panjshir a sério. Madura com tensão e relaxamento, urgência de  Delawari está inerentemente acorrentada a  cada nota do registo. Faixas a pairar à beira do colapso, mas nunca a divagar. Arranjos controlados e grandes sons do ambiente vagam por toda parte. Há muita coisa para digerir e analisar aqui, o que é, aparentemente, onde David Lynch entra. O álbum é o primeiro lançamento adequado no rótulo do cineasta eclético.

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