22/03/2012

JUAN RULFO

Juan Rulfo (1918-1986) Juan Rulfo (nome completo Juan Nepomuceno Carlos Pérez Rulfo Vizcaíno), escritor e fotógrafo mexicano, pertencente à chamada "Generación del 52", nasceu em Sayula, Jalisco (México), 16 de Maio de 1918, filho de Maria e Juan Nepomuceno Vizcaíno Arias Perez Rulfo. Em 1919 a sua família mudou-se para a cidade de San Gabriel. Rulfo cresceu numa família de ricos proprietários que perderam as suas terras nos tempos da Revolução Mexicana.

A Guerra Cristera, realizada na sua terra durante o período de 1926-1928 causou uma grande impressão sobre ele e foi muito influente em sua pequena obra literária. Em 1924 o seu pai foi assassinado e a mãe morreu três anos depois de ataque cardíaco, crescendo a partir desse momento no orfanato Luis Silva da cidade de Guadalajara.

 Estes acontecimentos criaram um carácter triste, sensivel, retraído e romantico, que logo marcariam a sua obra.

Desde 1934 Rulfo, misantropo, retraido e de poucas palavras, fixou residência na Cidade do México, onde, depois de não conseguir entrar em Direito e Filosofía e Letras, trabalhou no Escritório de Imigração do Secretário do Interior e escreveu em várias publicações, incluindo a revista "América". Também foi fotógrafo da fábrica de pneus Goodrich Euzkadi, onde foi contratado para o departamento de publicidade, e fundada em 1945 com Pedro Arreola e Antonio Alatorre, a revista "Pan". Em 1947 casou com Clara Aparicio, que lhe deu quatro filhos.

A partir de meados dos anos 50 trabalhou como argumentista, escrevendo textos de filmes como "Paloma Ferida" (1963) ou "O Galo de Ouro" (1967), um filme co-escrito com Carlos Fuentes, Roberto Gavaldón e Gabriel García Márquez.
 «O galo de ouro» descreve a vertigem do jogo, do amor e da sorte a partir da história de Dionísio, um treinador de galos de luta surgido do nada que se torna uma figura incontornável do submundo. Pelo meio há políticos e domadoras de feras, numa história que é uma metáfora sobre os trajectos incomuns que pode levar a vida humana.

Em 1953 publicou um livro de histórias de ambiente rural, El Llano en Llamas "The Burning Plain" (1953). Dois anos depois veio a novela "Pedro Páramo" (1955), uma obra-prima do realismo mágico, considerado pela a crítica como uma das obras mestras da literatura universal.

Rulfo não edita até a década de 80, momento em que os seus argumentos são publicados "O Galo de Ouro e outros textos para o cinema" (1980).

Em 1962 ocupa como diretor de publicações do Instituto Nacional Indígena, em 1970, foi agraciado com o Prémio Nacional de Letras do México, e em 1983 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.

" El tiempo es más pesado que la más pesada carga que puede soportar el hombre" Juan Rulfo

obras destacadas

  • Pedro Páramo (1955)
  • Revueltas (1943)
  • Yáñez (1947)
  • El llano en llamas (1953)
  • El gallo de oro (1980)
  • Inframundo, el México de Juan Rulfo (1983

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