22/02/2012

FANTASPORTO 2012

Está dada a partida para a 32.ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto. Nesta edição do Fantas vão ser apresentados 410 filmes, na sua maioria europeus.

Apesar do início oficial ser apenas amanhã, dia 24, com a antestreia de "Shame",do inglês Steve McQueen, a história de um viciado em sexo que já foi premiado no Festival de Cinema de Veneza, começou na segunda-feira a fase de pré-abertura.

O encerramento, no dia 3 de Março, está a cargo de Paolo Sorrentino, que nos traz This must be the Place, um filme com o actor Sean Pean, às 21h.

Os directores do Fantas, Beatriz Pacheco Pereira , Mário Dorminsky e António Reis, e Helder Crespo, docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), marcaram presença na conferência de pré-abertura, onde falaram da programação, das dificuldades e do futuro do Fantasporto.

Mais tarde, o Rivoli viu inaugurada a escultura "O Dragão", do artista plástico Aureliano.

O pior realizador de sempre abriu as sessões do grande auditório.Até lá, os fãs aqueceram com uma maratona de cinco filmes de Ed Wood, e uma sessão simultânea do clássico do cinema mudo Nosferatu, de Murnau, e Dracula, de Francis Ford Coppola.

Ed Wood (1924-1978) foi um produtor e diretor norte-americano de filmes de terror, ficção científica e eróticos. Os seus trabalhos destacaram-se pela inventividade frente aos limitados recursos técnicos e orçamentais de que dispunha, sendo considerado por muitos críticos "o pior realizador de todos os tempos". Apesar das críticas, os seus filmes criaram um espírito humorístico e de culto.

O grande auditório do Rivoli estava longe de estar cheio quando surgiu no ecrã "Bride of the Monster ", um dos filmes de Ed Wood e o primeiro da maratona dessa noite. Seguiram-se "Glen or Glenda " e "Plan 9 from outer space ".

Apesar de se enquadrar no género de terror, "A Noiva do Monstro" foi encarado pelos espectadores do Fantasporto com tudo menos horror. Pelo contrário, os maus efeitos e atuações levaram os presentes no auditório a sonoras gargalhadas. No final, cumpriu-se a frase que caracteriza o trabalho de Wood - "Tão mau que é bom" -, quando emergiu um grande aplauso, pela maioria da audiência, no momento em que surgiram os créditos finais.

Este ano, a organização do Fantasporto não quer deixar de prestar homenagem a dois realizadores que deixaram a sua marca no festival. Assim, a 25 de Fevereiro e a 2 de Março, para ver, Get Carter, que faz 40 anos e é normalmente considerado a obra-prima de Mike Hodges. O britânico já arrecadou dois prémios no Fantasporto de 1990, por Black Rainbow, e vem a esta edição receber mais um, pela totalidade da carreira.

Ridley Scott é o outro realizador homenageado, graças a Blade Runner, estreado na edição de 1983 do Fantas e um verdadeiro símbolo do festival. A exibição do filme, no dia 24 de Fevereiro, às 23h, encerra também o fórum O futuro agora,

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