19/12/2011

R.I.P. - Vaclav Havel , Cesária Évora, e o ditador Coreano

Um artista nunca morre, ao contrario dos ditadores que morrem.

Cesária Évora, de 70 anos, morreu na manhã de sábado, por “insuficiência cardio-respiratória aguda” e “tensão cardíaca elevada”, no Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, onde tinha dado entrada na sexta-feira.

A proposta, que tem circulado durante os últimos dois dias nas redes sociais e blogues, mereceu hoje o aval do chefe do governo que considerou “simpática” a proposta de dar o nome de “Cizé” ao aeroporto de S. Vicente.

O primeiro-ministro José Maria Neves, referiu que Cesária Évora deu um contributo “gigantesco” para que Cabo Verde fosse conhecido no mundo, pelo que “toda a nação global cabo-verdiana, amanhã, deve curvar-se” perante à sua memória.

“Mais do que embaixadora de Cabo Verde no Mundo, a Diva dos pés descalços calçou as ilhas e apresentou-as ao mundo”, argumentou.

Tito Paris, músico
“Recebi a notícia com profunda tristeza. Cabo Verde fica mais pobre, da mesma forma que ficou mais rica quando ela nasceu, porque nasceu uma estrela que não se apagará, ficará sempre acesa, a brilhar através da sua música.

Morreu o ex-Presidente checo Vaclav Havel.

Visivelmente enfraquecido pela doença, deslocou-se no último fim de semana a Praga para se reunir com Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos.

Conhecido pelo seu bom humor, tímido e estudioso – e também um jovem do seu tempo, que tinha entre os seus preferidos o músico norte-americano Frank Zappa – Havel tornou-se um escritor e dramaturgo.

Era um grande amante da música rock, dos Rolling Stones e de Frank Zappa - o último show ocorreu na Checoslováquia a convite do presidente Vaclav Havel- Frank Zappa morreu em 1993.

"A vida de Vaclav Havel parece-se verdadeiramente com uma obra de arte", disse o seu compatriota e escritor Milan Kundera.

As suas obras "Saneamento", "Audiência", "Festa ao ar livre" e "Largo Desolato" misturam teatro do absurdo e herança kafkiana.

Após a morte de sua esposa Olga, em 1996, casou-se rapidamente com Dagmar Veskrnova, uma actriz vinte anos mais jovem que ele.

Fumador inveterado, há muito afastado da vida pública por causa da sua doença, esteve prestes a falecer em várias ocasiões: Havel foi um escritor de intervenção contra o regime, o artesão da “Revolução de Veludo” anticomunista de 1989 e o primeiro chefe do Estado democraticamente eleito após quatro décadas de repressão, entre 1989 e 2003.

Foi, aliás, durante a sua presidência, em 1993, que a Checoslováquia se dividiu pacificamente entre a República Checa e a Eslováquia. Vaclav Havel foi o responsável pela transição do anterior sistema soviético para um regime democrático e uma economia de mercado – um processo acidentado, mas pelo qual recolheu elogios, galardões e homenagens no seu país e no mundo.

1977 marca o arranque do seu activismo político, com a assinatura do manifesto pelos direitos humanos “Capítulo 77”. Um ano mais tarde, o seu ensaio “O Poder e os Sem Poder”, que consagrou o seu estatuto de dissidente político, abria com uma citação do Manifesto Comunista: “Há um espectro a assombrar a Europa de Leste; o espectro daquilo que no Ocidente é denominado por dissidência”, escreveu. Nessa obra, insurgia-se contra a “ditadura do ritual”, e fantasiava sobre um futuro em que os cidadãos redescobriam a sua “identidade e dignidade suprimida”.

A sua aberta oposição ao regime custou-lhe vários anos passados nas cadeias comunistas. Uma pneumonia mal curada na prisão e um cancro de pulmão deixaram Havel com múltiplos problemas de saúde. Militante a favor dos direitos humanos, Havel passou cinco anos nas prisões comunistas antes de 1989.

“Cartas para Olga”, um livro reunindo as cartas que escreveu à sua mulher da prisão, tornou-se uma das suas obras mais conhecidas (Olga Havlova morreu de cancro em 1996).

Há noticias que nem deviam ser noticia, a morte digo eu do "pequeno" Ditador coreano.

Kim Jong-il, que teria 69 anos,( nem se sabe a idade ...) governava a Coreia do Norte de forma autoritária há 17 anos através de um regime comunista de inspiração estalinista, baseado no culto da personalidade. Era oficialmente chamado de “Querido Líder” e não admitia qualquer laivo de oposição ao poder absoluto, posição que lhe deu fama internacional como o chefe de estado mais totalitário e irredutível do mundo.

Depois de uma apoplexia em 2008 e de aparições em público cada vez mais raras, começaram os rumores sobre a sua sucessão que - sabe-se agora - vai recair no filho mais novo, Kim Jong-un, cuja idade exacta se desconhece (terá 29 anos).

Kim Jong-il, criticado pelos abusos aos direitos humanos e pelo isolacionismo internacional resultante de se dotar de armas atómicas, e cujas imagens de marca eram o uniforme militar e os óculos de sol, e que tinha se deslocado em Maio deste ano no seu comboio blindado à China, aliado estratégico do regime, e em Agosto escolheu o extremo oriente russo para a que terá sido a sua última viagem ao estrangeiro, morreu este sábado durante uma viagem de comboio por “fadiga física” háhá... e por “dedicação da sua vida ao povo”, anunciou a televisão estatal KCTV pela voz de uma apresentadora em lágrimas vestida preto.

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