22/10/2011

VAN GOGH

Steven Naifeh e Gregory White Smith, vencedores de um Pulitzer pela biografia de Jackson Pollock, defendem a tese, que o pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) morreu alegadamente atingido a tiro por dois jovens, contraria a teoria de que se terá suicidado aos 37 anos.

Van Gogh, que teria muitos problemas na altura, suicidou-se com um tiro no peito mas a arma nunca foi encontrada. Foi sobre esta parte da história que os dois escritores centraram a investigação e chegaram às conclusões agora apresentadas no livro “Van Gogh: The Life”.

Os autores da nova biografia defendem que o mais provável é que o pintor tenha morrido depois de ser atingido por disparos acidentais feitos por dois jovens, num campo de trigo, para onde se dirigia para pintar.

Segundo Steven Naifeh, Van Gogh não foi para ao campo com a intenção de suicidar-se, como se acreditava até aqui. "Em Auvers, entre as pessoas que o conheciam, a convicção é que de que ele foi morto acidentalmente por dois rapazes que brincavam aos cowboys, e que para protegê-los, assumiu a culpa", afirma.

“Estes dois rapazes, um deles estava até vestido de cowboy e tinha uma arma defeituosa, eram conhecidos por irem [para os campos] beber àquela hora do dia com Vincent [Van Gogh].

A teoria é corroborada por alguns dados, como o ângulo oblíquo em que a bala penetrou no abdómen de Van Gogh, quando o mais vulgar nos suicídios é o ângulo recto.

Nesta nova biografia, os autores escrevem ainda que a família de Van Gogh terá tentado internar o pintor, que sofria de epilepsia, num asilo. Steven Naifeh e Gregory White Smith defendem Van Gogh viva sob grande aflição e que terá sido a mistura de sentimentos, entre a mania e a depressão, que terão provocado a sua epilepsia. Num capítulo do livro, pode-se ler ainda que a relação do pintor com o seu pai era tão tumultuosa e violenta que alguns membros da família acusaram Van Gogh de matar o próprio pai.

O Museu Van Gogh, em Amesterdão, disse ao “El País” que é preciso encarar estes novos factos com calma, defendendo que a “teoria de homicídio acidental não está bem sustentada”.

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