29/09/2011

Funerais com toque pessoal

Funerais extravagantes. A BBC online publicou um artigo sobre Arch West que morreu no fim-de-semana passado, aos 97 anos. A sua obra sobrevive-lhe, nomeadamente os snacks que criou e que o fizeram famoso. Bom, nem todos. Alguns Doritos foram enterrados juntamente com o caixão de Arch, que assim o estipulou antes da sua morte. A BBC foi à procura e recorda outros casos.

Em vez de um minuto de silêncio, Malcolm McLaren, o exótico produtor dos Sex Pistols, pediu que fosse respeitado um minuto de cacofonia durante o seu funeral. O caixão, pintado a spray com o slogan “Too fast to live, too young to die [Demasiado rápido para viver, jovem demais para morrer]” foi transportado por quatro cavalos pretos. Atrás, a fechar o desfile, um autocarro de dois andares com uma potente aparelhagem passando, a altos berros, a versão de Sid Vicious de “My Way”.

Talvez não identifiquemos o nome e ainda menos o relacionaremos com uma cara, mas o homem que criou a tirada “To boldly go where no man has gone before” – a célebre frase de lançamento da saga Star Trek – teve direito a ver as suas cinzas espalhadas no espaço. Gene Roddenbery inaugurou a era dos funerais espaciais juntamente com o guru do LSD Timothy Leary e mais 22 outros entusiastas do espaço.

Hunter S. Thompson, jornalista celebrizado pelo seu muito peculiar estilo de escrita, deixou instruções muito específicas sobre o destino a dar às suas cinzas. Do alto de uma torre encimada por um punho vermelho com dois polegares (o símbolo do seu jornalismo, a que chamaram “gonzo”), um canhão disparou as suas cinzas. O actor Johnny Depp, amigo do defunto, pagou a cerimónia.

A família diz que só pode ser mentira, uma vez que os restos mortais do artista rap Tupac Shakur estão bem guardados, mas a verdade é que os membros da sua antiga banda, os Young Outlawz, garantem ter misturado as cinzas com marijuana e fumado tudo.

Esta é difícil de bater. Na verdade, é inédita. Uma parte dos restos mortais do cientista Eugene Shoemaker está depositada na Lua. As cinzas foram transportadas a bordo de uma sonda, em 1999.

Tudo como manda o rito da Igreja Católica no funeral de Frank Sinatra. Bom, tudo menos alguns detalhes – o que até seria expectável da parte do homem que jurava fazer tudo “My Way”. Dentro do caixão seguiram uma garrafa de whisky, um isqueiro Zippo e uma moeda de dez cêntimos, para alguma chamada de emergência... A lápide reza: “The best is yet to come [O melhor ainda está para vir].”

As cinzas do geólogo Brian Tandy circulam agora nas mãos da sua mulher e filhas. Uma empresa, a LifeGem, criou diamantes a partir dos restos mortais e são eles que brilham em três anéis da família.

Uma diva nunca chega a horas. Nem sequer ao próprio funeral. Por expressa determinação de Elizabeth Taylor, a sua cerimónia fúnebre começou com 15 minutos de atraso sobre a hora estipulada.

Sandra West, uma socialite de Beverly Hills e viúva de um barão do petróleo, deixou instruções para ser enterrada num refinado vestido de noite e sentada no lugar da frente do seu Ferrari azul. O irmão ainda tentou que um juiz anulasse estas instruções, mas o tribunal mandou que se avançasse. Sandra foi enterrada numa imensa cratera aberta num cemitério de San Antonio, Texas. Com vestido de noite e Ferrari.

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