25/08/2011

Glauber Rocha

Em 1981, morria o cineasta brasileiro mais polémico e incompreendido de todos os tempos. Passadas três décadas, o director de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" continua estimulando reflexões no Brasil e no mundo.

Crítico, pensador, cineasta reconhecido internacionalmente, director de um dos melhores filmes da história do cinema brasileiro, porta-voz do Cinema Novo. Em 22 de agosto de 1981, Glauber Rocha encerrava precocemente sua polêmica carreira, ao morrer de complicações bronco-pulmonares, aos 42 anos. Três décadas depois, ainda faltam palavras para definir o papel que Glauber desempenhou no cinema brasileiro e mundial. Sua obra complexa e provocadora continua intrigando pesquisadores, críticos, cineastas e cinéfilos.

Nascido em Vitória da Conquista, na Bahia, em 1939, Glauber ousou e experimentou de seu primeiro filme – Pátio, de 1959 – ao último e incompreendido Idade da Terra, de 1980. Como um pensador da cultura, o brasileiro também contribui com o cinema através de seus textos, sendo os mais famosos os manifestos Eztetyka da Fome e Eztetyka do Sonho – duas metáforas das carências do Brasil. Premiado em Cannes, o cineasta do princípio "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça" também projectou o cinema político brasileiro no exterior.

Três décadas de polémica. É incalculável o quanto já se escreveu sobre Glauber Rocha, no Brasil e no mundo. Peter Werner Schulze, professor do Instituto de Cinema e Dramaturgia da Mídia da Universidade de Mainz, acaba de lançar o seu segundo livro sobre o brasileiro. Junto com Peter B. Schumann, Schulze organizou a obra Glauber Rocha e as culturas na América Latina, que reúne artigos em português de especialistas como Ivana Bentes e Ismail Xavier.

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