25/12/2010

DAVID BOWIE

São quase 500 páginas sobre a vida e a carreira com direito a 16 páginas apenas com fotografias histórias do músico de 63 anos.Uma biografia do astro de rock/pop inglês David Bowie, desde sua infância até a recente (e aparente) reforma. O livro acompanha toda sua trajectória, com sua participação no cinema e pinceladas da carreira de outros artistas que tiveram importância na história de Bowie ou foram por ele influenciados (como Lou Reed e Rolling Stones). Além da música e do contexto de cada uma das fases do artista, o livro traz detalhes da vida pessoal de Bowie, marcada pela bissexualidade, o vício em cocaína e problemas cardíacos.

O livro foi escrito por Marc Spitz, jornalista especializado em rock e cultura pop, que colabora com o jornal "The New York Times" e com as revistas "Spin", "Nylon", "Maxim" e "Uncut". Também publicou vários livros sobre o movimento punk e a cena inglesa dos anos 80, bem como a biografia sobre a banda Green Day.

trecho sobre bissexualidade.

"Sou gay e sempre fui, mesmo quando era David Jones". Aqueles que amavam rock'n'roll conheciam o nome David Bowie por causa da qualidade de suas novas músicas, mas aqueles que não gostavam também reconheceriam o nome David Bowie.A expressão de sua ambivalência sexual estabelece um jogo fascinante: ele é ou não?


A expressão de sua ambivalência sexual estabelece um jogo fascinante: ele é ou não? Num período de identidade sexual conflitante, ele astuciosamente explora a confusão em torno de masculino e feminino. Bowie conclui a entrevista com um esclarecimento: o vestido que ele usou na capa de "The man who sold the world" não era um vestido de mulher, mas de homem, e, mais genericamente: "Não sou ultrajante. Sou David Bowie".

Quarenta anos à frente, com a homossexualidade ainda como um jogo político, há uma força persistente no artifício de escondê-la. A coragem de assumi-la é levemente enfraquecida quando se sabe que Mick Ronson foi também encorajado a "sair do armário" e recusou. "Nessa ele ficou um pouco solitário", Suzi diz. "David falava para ele: 'Vamos, cara'. Quando saiu a "Melody Maker", a mãe de Mick ficou perplexa. 'Seu filho é uma bicha.' Ele recebeu muita bala por isso.

Até minha mãe veio com o jornal, jogou-o longe e disse: 'O que é isso?'. Mas ele era um garoto humilde, do Norte. Foi pela música que Mick ficou. David queria ser uma dessas pessoas vanguardistas, acho que ele conseguiu. Mas suas músicas eram fabulosas."

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