Herdeiros da "estética do grito" de Albert Ayler, musicos improvisadores mais proximos da tradição do free jazz Brotzman é um desses casos, talvez o mais valorizado, depois da morte de Peter Kowald, e do japonês Kaoru Abe- não chegou a viver 30 anos. Morreu em Setembro de 1978, de overdose de heroína.

Peter Brotzman tem liderado uma serie de grandes ensembles dedicados á improvisação, entre solos, trios, quartetos, grupos que co-fundou _como Die Like a Dog, Chicago Tentet, Last Exit, Full Blast, Sonore_, lançou pelo menos uns 150 álbuns. Herdeiro dos mais agressivos saxofonistas _do último Coltrane ao mítico Albert Ayler_, o músico alemão começou a vida artística com a intenção de se tornar pintor, tendo estudado na Academia de Artes de Wuppertal para isso. Circulou com o pessoal do grupo Fluxus e com Nam June Paik.
O Chicago Tentet é um verdadeiro who´s who da musica improvisada contemporanea, e teve várias configurações que incluiram William Parker, Toshinory Kondo, Roy Campbell, e Mike Pearson ( actor de renome que participou num projecto especial com musica de Brotzman e textos de Kenneth Patchen para o Chicago Humanities Festival em 2004).Em 2007 alargou-se o grupo aos trombonistas Johannes Bauer, e Jeb Bishop.Desde 2005 o grupo passou a dedicar-se á improvisação total, renunciando ás partituras de modo a explorar a musica com total espontaneidade.
Eu gostei do concerto, embora seja complicado gerir um grupo de grandes dimensões, houve momentos - o domínio e técnica revelada de cada musico, o dialogo entre alguns instrumentos, foi muito bom, encontrando formas inovadoras de continuar a desenvolver um som, e apresentar a sua musica, aos públicos de todo o mundo.
A formação ontem na Casa da Musica incluia:
Peter Brotzman- saxofone, clarinete
Johannes Bauer - trombone
Mats gustafsson- saxofones
Kent Kessler - contrabaixo
Fred Lonberg- Holm - violoncelo
Per-Ake Holmlander- tuba
Joe McPhee - trompete
Michael Zerang - bateria
Paal Nilssen-Love - bateria
Ken Vandermark- saxofone, clarinete

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