Para milhões de fãs, Elvis Presley continua vivo e nada mais natural do que comemorar o seu aniversário.
Três décadas depois da sua morte - causada por um ataque cardíaco aos 42 anos -, Aaron Elvis Presley "continua sendo uma figura cultural importante", afirma Erika Doss, professora de estudos americanos da Universidade de Norte-Dame (Indiana, norte). Apesar de não ter sido o primeiro a conjugar o blues com a música negra e o 'country', próprio dos brancos, Elvis deu um impulso ao rock com a sua canção "Heartbreak Hotel" em 1956.
"Era incrivelmente bonito e sacudiu os tabus sexuais dos anos 1950 de forma deliberada. Era atraente tanto para as mulheres quanto para os homens", acrescenta Doss, autora do livro "Elvis Culture: Fans Faith, and Image".
Junto com Michael Jackson, outro ícone mundial do pop, Elvis é o artista que mais vendeu discos (cerca de um bilhão), e actuou em cerca de 30 filmes. "Ele está no centro de nosso vocabulário musical, está no DNA de nossa música", resume Jeff Melnick, professor de estudos americanos da Universidade de Babson, (Massachusetts, nordeste).
A aura do "Rei" não pode ser atribuída, segundo Melnik, a sua morte prematura. "Ele não morreu jovem, com um corpo belo. Longe disso, ele era a imagem do que acontece por causa do excesso", explicou, referindo-se ao facto de que Elvis, perto do fim de sua vida, lutar contra a obesidade, a dependência de remédios e a depressão. Para o curador Kramer, a chave do longo reinado de Elvis é muito simples. "A grandeza é o que perdura, e a razão pela qual ainda estamos falando de Elvis Presley tanto tempo depois de sua morte é porque sua música era fantástica".
Elvis não só mudou o rumo da música como da própria cultura popular. O cantor influenciou o modo de se vestir, de se dançar, penteados...O sucesso de Elvis "The Pelvis" não o impediu de ser alistado no exército, em 1958. Até hoje, a "aceitação" do cantor é vista comouma estratégia de marketing. A verdade é que Elvis Presley voltou do exército, em 1960, mais querido do que nunca. A sua fama estava lá em cima. Elvis, aproveitou para iniciar a sua carreira de actor de filmes em Hollywood. O cantor filmou westerns, musicais, dramas, histórias de amor, e comédias.... Dos 33 filmes gravados pelo cantor entre 1956 e 1972, pouca coisa se salvava - os filmes eram fracos, talvez com a única exceção de "Viva Las Vegas" (1964) -, mas será que o público se importava com esse detalhe? O fascínio pelo cantor não morre, nem o desejo de alguns de que ele esteja algures no Havai a viver em absoluto anonimato. Assim, as teorias sucedem-se.
Os livros Gail Brewer Giorgio e Marty Nicholson são os autores de duas obras distintas sobre o desaparecimento do rei. "Orion", de Giorgio, conta a história ficcionada de uma estrela que forja a sua própria morte para poder viver uma vida normal. Segundo a autora, que mais tarde escreveu também "The Elvis Files" e "Is Elvis Alive?", a obra, editada pouco tempo após a morte do Rei, desapareceu misteriosamente das livrarias sem que fosse possível encomendá-la. Nicholson, autor de "The Elvis Arrangement", queixou-se do mesmo. Porquê? Certamente uma tentativa de calar a verdade.
O Inventário Maria Columbus, presidente de um dos maiores clubes de fãs americanos de Elvis, fundado em 1969, aponta uma série de acontecimentos bizarros que deixam no ar a dúvida. Segundo Columbus, no inventário de tudo o que deveria encontrar-se em Graceland, residência do cantor, não estavam os diários, as jóias, as fotografias da filha e da família, os carros e um avião. A ideia que fica no ar é que o rei pegou nos pertences mais queridos e se pôs a mexer rumo ao anonimato.
A fotografia Mike Joseph, um fã de Elvis, rumou a Graceland quatro meses depois da morte do cantor. Durante a visita à propriedade tirou fotografias a tudo o que viu. Ao revelá-las, qual não foi o seu espanto quando se apercebeu de uma figura sentada por trás da porta de vidro da casa: um homem de barba e patilhas, em tudo parecido com Presley. Mike correu à Kodak para que atestassem que os negativos eram verdadeiros e não tinham sofrido manipulação. A imagem era real. Seria o rei?
Provas avulsas O seguro de vida de Elvis nunca foi levantado e cerca de um milhão de dólares desapareceu da sua conta sem deixar rasto. O cantor tinha ligações ao FBI e permitiu que um agente infiltrado viajasse como membro da sua banda. A brincadeira valeu-lhe inúmeras ameaças de morte dos reis do submundo. Era urgente desaparecer, e nada melhor que o programa de protecção de testemunhas. A escritora Gail Giorgio, que acredita que o rei está vivo em Kalamazoo, Michigan, pediu ao grafólogo Paul Weist que comparasse a letra de uma carta escrita por Elvis ao presidente Nixon com a letra da sua certidão de óbito. Surpresa das surpresas... era a mesma.


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