11/07/2009

Jimi Hendrix foi assassinado

Já mais uma teoria da conspiração, esta é no livro de memórias "Rock Roadie" de James "Tappy" Wright, o antigo "road manager" de Jimi Hendrix, afirma que a morte do guitarrista não foi um acidente, mas sim um assassinato. Michael Jackson morreu há duas semanas e já há quem garanta que o Rei da Pop encenou a sua morte e que andará afastado da pressão mediática, e livre das dívidas que acumulou. Afinal, para muitos, Elvis ainda continua vivo desde que morreu em 1977, e que o homem nunca pisou a Lua...... O "The Times", o primeiro jornal a entrevistar Wright acerca de revelação, divulgada há cerca de um mês, apresenta-a pormenorizadamente. Dia 18 de Setembro de 1970, o guitarrista de "Purple Haze" não terá sufocado no seu próprio vómito, depois de uma noite regada a álcool e da ingestão de vários comprimidos. Wright alega que um grupo invadiu o quarto de hotel onde Jimi estava hospedado, forçando-o a ingerir o vinho e os comprimidos que o vitimaram. O "road manager" sabe-o porque isso mesmo lhe terá confessado em 1973 Mike Jeffery, presumível autor moral do crime, "manager" de Hendrix e personagem de percurso nebuloso: serviu os serviços secretos britânicos no canal do Suez, dava-se com a máfia americana e tinha conhecimentos na CIA e no FBI. Jeffery já não poderá confirmar a história - morreu num acidente de avião, um mês depois da alegada confissão. O motivo para o assassinato, seriam as dívidas monstruosas que Jeffery vinha acumulando. Dividas que se veria impossibilitado de saldar se Hendrix, descontente com as decisões do "manager" (em 1967 meteu-o numa digressão desastrosa com os Monkees; em 1968, tentou impedi-lo de lançar o álbum duplo "Electric Ladyland"; em 1969 pretendia obrigá-lo a contratar músicos brancos para a sua banda), levasse em frente a decisão de o despedir. Segundo o livro, Jeffrey teria interesse na morte de Hendrix por ser beneficiado pelo seguro de vida. Um seguro de vida de Jimi Hendrix, no valor de dois milhões de dólares e revertendo em nome de Mike Jeffery, que este celebrara algum tempo antes, era norma no meio, poderia ser a sua salvação. Escreve o "Times", Jimi vivo não valeria nada ao seu quase ex-manager. Morto, é fazer as contas. Segundo Wright, Jeffrey teria dito que “estava em Londres com alguns amigos na noite da morte de Jimi. Fomos para o quarto de Monika [Dannemann, onde Hendrix estava], peguei um monte de pílulas e enfiei na sua boca, depois despejei algumas garrafas de vinho tinto garganta abaixo”. James Wright conta que, à altura, o medo que Jeffery lhe incutia o impediu de revelar a confissão. Acrescenta que se manteve calado após a sua morte por receio de ser directamente implicado no caso. Entre os entrevistados no artigo do "Times", figuras próximas do guitarrista, as reacções dividem-se. Alguns reconhecem que pode existir um fundo de verdade nas alegações de Wright. Outros, mesmo recordando o fundo sinistro de Jeffery, negam peremptoriamente que possa ter ordenado o crime. Joe Boyd, o histórico produtor que, em 1973, realizou o primeiro documentário dedicado a Jimi Hendrix, é um deles. Isto até lhe serem revelados os relatórios médicos e as memórias do polícia e dos enfermeiros que acorreram ao quarto de hotel londrino naquele 17 de Setembro de 1970 - a história é contada em "The Final Days of Jimi Hendrix", de Tony Brown, publicado em 1997. Segundo eles, a porta do quarto estaria escancarada, sugerindo uma saída apressada, e Hendrix completamente vestido, o que contraria a tese oficial, segundo a qual teria ingerido uma quantidade exagerada de comprimidos para conseguir dormir durante várias horas. Mais: o autor da autópsia descobriu-lhe uma grande quantidade de álcool nos pulmões, mas pouco tinha sido, à altura da morte, absorvida pela corrente sanguínea - o que vai ao encontro da tese de assassinato. O agora sexagenário James Wright não dedica grande espaço a toda esta história no seu novo livro, centrado na sagrada trindade "sexo, drogas & rock'n'roll".

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