Casa da Música apresenta orquestra de iPhones

A Casa da Música apresenta esta quinta-feira, na praça fronteira ao edifício, uma orquestra de iPhones e um ensemble de Skates, duas propostas que unem tecnologia e música.Estas propostas estão integradas na edição deste ano das Férias com Música, uma iniciativa do Serviço Educativo da Casa da Música, em parceria com a Universidade Júnior da Universidade do Porto. A preparação da iPhone Orchestra marcada para as 16:30,prolonga-se por quatro dias, durante os quais os participantes tratarão de provar que a tecnologia pode ser contagiada pela sensibilidade artística. Dotado de múltiplas funções, o iPhone permite a qualquer pessoa criar o seu próprio repertório, quando e onde quiser, mesmo que não tenha conhecimentos formais de música. Com diversos sensores integrados (acelerómetros, ecrã sensível ao toque, microfone, GPS), o altifalante embutido no iPhone pode ser usado para muito mais do que simples toques de telemóvel. Fazer tocar uma flauta com um sopro, despertar as teclas de um xilofone na lisura do visor, localizar sons com o GPS (e controlá-los), reclamar nova dimensão para ruídos de passos e vozes são exemplos de opções possíveis. Orientada por Rui Penha e Filipe Lopes, a iPhone Orchestra vai permitir a um grupo de jovens elaborar um repertório próprio que é apresentado ao público num modelo de concerto inovador. A apresentação pode ocorrer na Casa da Música ou num lugar mais inesperado e com a orquestra dispersa: com o wireless, há possibilidade de ligar em rede os «iPhoners» que se desejar. O Skate Ensemble é constituído por alguns dos skaters que permanentemente evoluem na Praça da Casa da Música, que apresentam quinta-feira as criações musicais que fazem a partir dos skates, nas vertiginosas e acrobáticas evoluções na pedra lisa daquele espaço. Isso é possível graças a um equipamento, denominado Skynth, que, instalado nos skates, gera sons sintetizados a partir dos movimentos efectuados, num espaço previsto para o efeito. Cada elemento do Skate Ensemble tem um Skynth no seu skate, que emite os sons gerados para um computador que o processa e difunde em tempo real. Este dispositivo envia também informação sobre a posição do skater no espaço de interacção, o que permite criar efeitos de espacialização do som, bem como gerar gráficos por computador que são projectados num ecrã em grande formato. Nesta instalação, o skater conduz a música, criando sons à medida do seu andamento. O repertório criado pelo Skate Ensemble é revelado numa representação experimental, feita de coreografias que evoluem na da Praça da Casa da Música, produzem sons e constroem imagens com cor e movimento. A instalação Synth foi concebida por Carlos Guedes, em parcerias com Kirk Woolford e INESC-Porto e tem o apoio da Direcção Geral das Artes, INESC - Porto, Companhia do Som, ESART-IPCB e do Programa UT Austin - Portugal