30/04/2012

MY BLOODY VALENTINE

Kevin Shields
Bilinda Butcher
Debbie Googe
Os My Bloody Valentine prometem regressar com um álbum e um EP ainda este ano. A banda não edita novo material desde 1991, ano em que saiu«Loveless».

A 7 de Maio, são reeditados os dois únicos álbuns dos My Bloody Valentine: «Isn't Anything», de 1988 e o já citado de 1991. Será também disponibilizado o EP «1988 - 1991», uma compilação que resume quatro EPs editados durante esse período: «Feed Me With Your Kiss», «You Made Me Realise», «Glider» e «Tremolo», além de sete canções raras.

Foi a recuperação desse material que levou o líder Kevin Shields a empenhar-se na conclusão de música que havia gravado mas nunca editado para um futuro terceiro registo. «Seria uma loucura não concluir (esse material)», explicou à Mojo deste mês. Um novo álbum será, por isso, gravado ainda este ano e sucedido de um outro EP. Entretanto, a baixista e fundadora Debbie Googe vai substituir Mani nos concertos dos Primal Scream. Este último voltou aos Stone Roses.

  Kevin Shields, Bilinda Butcher, Debbie Googe, e Colm Ó Cíosói,  Um dos regressos mais esperados da música rock moderna tornou-se realidade, dando início a uma turné mundial no ano passado depois de um anúncio oficial sobre seu reencontro. My Bloody Valentine pegam exactamente onde pararam: produzindo um rock shoegaze clássico atemporal, e ainda psicadélico. Embora todos nós envelhecemos desde aqueles emocionantes anos, final dos anos 80,  início dos 90, quando o rock dos cabeludos foi colocado fora da sua miséria com a ascensão de bandas muito criativas e exploratórias, um monte de roupas, penteados, e em geral a aparência dos volta ao que era. Isso só pode ser uma observação um tanto superficial, apesar de um grande contingente do público estar bem acima dos quarenta . Independentemente disso, a música se encaixa nesses anos passados ​​- com o seu volume incrível - ao mesmo tempo crucial manter o seu som atemporal e de recurso. 

A sua marca de rock n 'roll - em êxtase progressivo, de pitch-bending shoegaze- não se ouve muito nos dias de hoje, através de um conjunto composto de músicas de influencias punk e hardcore.

VINICIUS CANTUARIA

Vinícius Cantuária (Manaus, 29 de Abril de 1951) é cantor e compositor brasileiro. Vinicius Cantuária gosta de andar descalço. Um traço que conserva, talvez, da infância vivida em Manaus, quando corria para empinar as pipas (papagaios, lá) que fazia com zelo de artesão, quase sempre com a estrela solitária do Botafogo - paixão que rivaliza em importância com a música em sua vida. Também gosta de afirmar o sangue amazonense ao chamar a si mesmo como índio.

Por exemplo, diz que, musicalmente, sua chegada ao Rio foi como se o índio ("Fui formado pelas percussões do Amazonas e pelas harmonias do caboclo que morava na minha rua e que punha a cadeira na porta de sua casa para tocar seu violão, de forma simples") encontrasse a África (o samba, os batuques dos negros cariocas). Mas um índio que, sem negar o deslumbre, não se deixava intimidar por estar numa selva que não era, originalmente, a dele - fosse o Rio da geração 80 do rock, fosse o ambiente jazz/pop/experimental de Nova York, onde vive há mais de 15 anos, "Lembro de ter essa consciência muito grande quando toquei no Queen Elizabeth Hall, em Londres, com a Laurie Anderson. Estava fazendo um solo de "Ligia", de Tom Jobim, e quando olhei em volta me senti o índio no apartamento, que saiu de uma selva para entrar em outra, levando a sua flecha envenenada - conta o artista.

A flecha envenenada. Foi com ela que Vinicius chegou ao Rio, com 7, 8 anos, no final dos anos 1950 - ele nasceu em 1951 - e conheceu a bossa nova e o rock ("Estudava no Zacarias, no Flamengo, e voltava correndo para casa para ouvir o 'Música nas Passarelas', na Rádio Tamoio, onde escutou Beatles pela primeira vez). Aos 12 anos forma o seu primeiro grupo com amigos do colégio, Os Medievais, onde actua como baterista. No fim dos anos 60 integra os grupos de rock progressivo, A Banda Atómica, e o O Terço,  que participa do Festival Internacional da Canção. Desliga-se do Terço em 1972, e passa a trabalhar com Jorge Mautner, Luiz Melodia, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Marcos Valle, Marina Lima, João Donato, e Ronaldo Bastos.

  No meio daquela coisa dos anos 1980, do rock brasileiro, lancei dois discos cheios de Donatos, Chicos, Marcos Valles, Morelenbaums, Flávios Venturinis... Ouvia rock, vi Pink Floyd ao vivo em 1971, na primeira viagem que fiz para fora, tocando com Marcos Valle, o Jorge Amidem (guitarrista do Terço) vinha com uns discos do Traffic... Mas o meu violão sempre teve o Norte presente. O primeiro disco a solo vem em 1983, "Vinícius Cantuária", com destaque para "Coisa Linda". Entre as suas composições, Só Você, e "Na Canção", da primeira metade dos anos 80, que depois foi gravada por vários artistas, e na voz de Fábio Júnior e Fagner.

Outro sucesso é do início da mesma década: Lua e Estrela, gravada na voz de Caetano Veloso (foi num disco de Caetano, Outras Palavras, que deu nas vistas como compositor, com o tema Lua e Estrela) de cuja banda de turné, a Outra Banda da Terra, fez parte. Essa música também foi gravada por Gilberto Gil em inglês em um disco seu para o mercado norte americano. Depois de outros três LPs, excursiona com Chico Buarque por diversos países, na turné do disco "Francisco".

Em 1989 grava um disco em Portugal, e passa quase um ano fazendo shows por cá.  "Abri mão da minha carreira no Brasil e fui para Nova York movido por algo que não sabia o que era, mas logo descobri: fui para ser mais brasileiro" Arto Lindsay, que ele conhecera na época da Outra Banda da Terra, foi o primeiro a convidá-lo. Estava gravando um disco para o selo de Ryuichi Sakamoto e propôs uma parceria. Fizeram cinco. Dali, Sakamoto convidou-o para fazer um CD seu, "Sol na cara", em 1996. O disco, que teve boa recepção de crítica, foi o primeiro de uma série de dez que lançou desde então, exclusivamente para o mercado estrangeiro, com excepção de "Tucumã", de 1999.

Nos anos 90, mudou-se para Nova Iorque para, como explicou, "fazer música tradicional do Brasil, no sentido das harmonias e dos ritmos, procurando abri-la à contemporaneidade", Sol na Cara, 1996, foi produzido por Arto Lindsay, e Tucumã (1999), Horse and Fish (2004) ou Cymbals (2007) são alguns dos discos mais famosos desta fase da sua carreira - aproximou-se da música electrónica, promovendo um casamento entre a bossa nova e a jungle music- até hoje, ele assume-se como um brasileiro em viagem.

Em 2003, Vinicius lançou pela Nonesuch o álbum We Are Everywhere - integrando o grupo Intercontinental Quartet. Ao lado de Bill Frisell, líder do grupo e compositor da maioria das faixas do disco, Cantuária toca guitarra, violão, percussão e canta (incluindo uma versão, em português mesmo, de Procissão, de Gilberto Gil). Além do americano Frisell, o grego Christos Govetas e o africano Sidiki Camara completavam a formação.

O álbum de título, Samba Carioca, 2010 «O samba é um pais, uma imensidão, com várias tribos e raízes, tem samba do morro, samba dos brancos, chorinho, samba jazz e por ai vai», explica que trabalhou entre o Brasil e os Estados Unidos, recolhendo, tanto a sul como a norte, aliados importantes: as lendas vivas Marcos Valle ou João Donato, no Brasil, e os não menos importantes Bill Frisell ou Brad Mehldau, nos Estados Unidos, "Este disco pega uma ideia antiga, dos trios de piano, baixo e bateria que, nos anos 70, interpretavam em bares standards de jazz", explicou o músico.

Já "Lágrimas mexicanas" é um projeto antigo que tem com Frisell, com quem toca desde 1998.  Entre as cerca de 20 músicas que constaram no alinhamento do concerto no Teatro S. Luiz, em 2010, meia dúzia foi partilhada com o pianista português, Mario Laginha( são admiradores mútuos). "Tocamos temas meus e dois clássicos de Tom Jobim, porque eu queria muito saber como é que o piano português iria ficar na bossa nova." O contrário também aconteceu e Vinicius Cantuária cantaram Lua Partida ao Meio, tema que Laginha fez com Maria João, que na versão original imitava o sotaque brasileiro para cantar "se eu fosse muito guloso, comia essa lua em forma de queijo".

 Aos sete anos de idade, sua família deixou Manaus rumo ao Rio de Janeiro. Como compositor, cantor, guitarrista e percussionista, sua carreira liga várias frentes da música popular brasileira. Para se ter uma ideia melhor do mundo sonoro de Cantuária,tornou-se um artista internacional requisitado, passando metade de seu tempo pelos palcos do mundo,tem residência fixa em Nova York. Adepto fanático de futebol, o seu clube de coração é o Botafogo. Casou-se com a inglesa Claire Bower.

"Sempre trabalhei com músicos incríveis. Chego bem nessas pessoas, um tanto pela minha música, mas também pelo meu jeito de me relacionar - avalia o compositor. - Caetano, por exemplo, dava muita liberdade para que nos manifestássemos, e sempre gostei de fazer isso, acho que faço bem. Fui eu que sugeri que ele chamasse Sergio Dias para tocar em "Terra". A parceria com Chico passava por bater papo, jogar bola e, no meio daquilo, fazer música. Tento abrir o jogo, como no futebol. O amigo Arnaldo Brandão, que o chamou para A Outra Banda da Terra, aponta traços da personalidade de Vinicius (o seu veneno?) que ajudam a entender como ele entra sem cerimonia nos círculos musicais. - Apesar de ser amazonense, Vinicius tem uma malandragem carioca, no jeito de jogar futebol, que joga muito bem, e no humor.

Um humor ácido, corrosivo, uma maneira muito engraçada de falar mal de tudo e de todo mundo. Sempre que me encontro com ele, rio muito. E é um grande compositor e excelente baterista também, com soluções muito criativas, apesar da pouca técnica. Vinicius passa metade do ano viajando por palcos do mundo ("Entre os meus shows, e outros nos quais vou como músico, são uns 60 por ano").

Nas viagens, aproveita ao máximo para alimentar a velha paixão que traz desde a infância em Manaus. Conviveu com muitos artistas, profissionalmente e pessoalmente, e teve a sensibilidade de ficar atento e aprender muita coisa. Daí, procurou o seu próprio caminho. A lista de artistas com quem trabalhou nos últimos anos inclui ainda nomes como David Byrne, Sean Lennon e Brian Eno.

Marcos Valle vê nessas parcerias de Vinicius algo fundamental para seu estilo "a forma tranquila na composição, o seu violão e no seu cantar, com espaço e pausas para os silêncios tão necessários à música, dá uma cadência bem pessoal ao seu balanço" .

Originalmente um percussionista, Vinicius nunca esquece o ritmo nos seus concertos, mas nada é abertamente declarado, preferindo o cantor, compositor e músico optar pela subtileza em detrimento da força.

 Normalmente, Vinicius apresenta-se em pequenos ensembles que favorecem a intimidade e lhe permitem estudar ao pormenor as marcas clássicas da bossa em que gosta de insuflar a modernidade que só se pode mesmo aprender em Nova Iorque no diálogo com músicos de diversas áreas. Esse saber é particularmente utilizado em palco, onde Vinicius é um mestre de delicadeza e melodia.

 HAPPY BIRTHDAY

Mundo celebra primeiro Dia Internacional do Jazz, 2012

 Hoje, dia 30 de abril, festeja-se, pela primeira vez, o Dia Internacional do Jazz.

A data, atribuída pela UNESCO, por proposta do músico e compositor Herbie Hancock, embaixador da boa vontade da UNESCO, realça a importância do estilo musical para a liberdade de expressão e para o diálogo intercultural ao longo dos séculos.

 Entre alguns dos motivos para a necessidade de se assinalar a data estão a liberdade de expressão inerentes às origens do jazz e o estímulo à inovação artística e à integração de formas musicais tradicionais nas novas expressões, muito visíveis nas fusões a que este género se dispõe

Irina Bokova, diretora geral da UNESCO, explica, no site, que a criação do Dia Internacional do Jazz se deve às circunstâncias da sua criação e os seus princípios. "A partir das suas raízes na escravatura, este tipo de música criou uma forte voz contra todas as formas de opressão. Representa uma linguagem de liberdade que é essencial a todas as culturas", coincidindo, na sua opinião, com os objectivos da organização.

Em Portugal, o evento vai ter uma grande representação em Lisboa, especialmente a cargo do Hot Club Portugal, que propõe uma maratona de jazz, em vários sítios da cidade, até às 22h00.
 
 O Dia Internacional do Jazz vai ter pouca representação no Porto, ao contrário de Lisboa, o evento não terá grande manifestações, aparte da "jam session" no Jazz Club Tribeca, na rua 31 de Janeiro.
 

História do Jazz

As raízes do jazz começam com a escravatura dos colonos trazidos de África para a América do Norte. Durante séculos trabalharam nas plantações de açúcar, café e tabaco, a troco de nada, em grande parte dos Estados Unidos da América. 

 Em Nova Orleães, uma cidade controlada pelos franceses, havia um grupo de pessoas de raça mestiça, normalmente filhos de colonizadores franceses e escravas, que viviam livres. Quando os espanhóis tomaram conta da cidade em 1764, os "mestiços" perderam as suas terras e foram obrigados a procurar trabalho. 

Grande parte deles, graças à educação musical a que tinham acesso, tornaram-se músicos nómadas, que adaptavam os cânticos de trabalho e de desespero que os escravos cantavam nas plantações aos concertos que davam.

Já depois da abolição da escravatura nos EUA, no início do século XX, os afroamericanos fugiram do racismo sulista em busca de trabalho nas grandes cidades como Chicago e Nova Iorque, expandindo, assim, o jazz. 

Ao longo do século XX foram surgindo grandes nomes deste estilo musical. Louis Armstrong e Duke Ellington, seguidos de Miles Davis, John Coltrane e Ornette Coleman, são, ainda hoje, referência daqueles que desfrutam deste género musical.

29/04/2012

Everything But the Girl


A eclética, e muito amada British folk/pop/dance duo, Everything But the Girl, anunciaram que vão reeditar os seus tão queridos primeiros quatro álbuns em Maio.

 Na década de 1980 como líderes do movimento lite-jazz, Everything but the Girl,  tornou-se numa história de sucesso improvável mais de uma década depois, emergindo na vanguarda da fusão entre pop e electrónica. Fundada em 1982 pelos alunos da Hull University, Tracey Thorn e Ben Watt, a dupla teve o seu nome a partir de um sinal colocado na janela de uma loja de móveis local, que alegou " para as necessidades do seu quarto, vendemos tudo, menos a menina".

 Na época de sua formação, tanto a vocalista Thorn, e o compositor / multi-instrumentista Watt  assinaram na independente Cherry Red; Thorn era um membro das Marine Girls, enquanto Watt havia emitido vários singles solo e também colaborou com Robert Wyatt .
Everything but the Girl estreou em 1982 com uma interpretação do samba "Night and Day" de Cole Porter, o single foi um sucesso nos tops britânicos independentes, mas mesmo assim a dupla entrou num hiato, e Thorn gravou um EP a solo, uma praia distante,A Distant Shore.


 Emitido em 28 de maio pela  Edsel no Reino Unido, os títulos são:  a estreia, o clássico folk-pop, Eden (1984), a Smiths-like  Love Not Money (1985), o Phil Spector- Meets-Country-Western Baby, The Stars Shine Bright (1986), e o pastoral adult-pop Idlewild (1988).

Os dois primeiros álbuns foram originalmente lançado nos Estados Unidos em versões alteradas significativamente, Eden sob o título Everything But the Girl.. Estas reedições seguem as listagens do Reino Unido, e cada um contará com um segundo disco de singles, lados-B, sessões de rádio, e demos.

Mais conhecido por meados dos anos 1990 smash "Missing", Tracy Thorn e Ben Watt, estabeleceram-se como versáteis,e  pensativo pilares indie, com estes primeiros quatro álbuns.

DUKE ELLINGTON

Edward Kennedy "Duke" Ellington (Washington, 29 de Abril de 1899 - Nova Iorque, 24 de maio de 1974) compositor de jazz, pianista e líder de orquestra norteamericana eternizado com a alcunha de "The Duke" e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber.

Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi doutor honoris causa nas mais importantes universidades do mundo. Em 1974, na festa de seu 75o aniversário, em seu último ano de vida, Miles Davis, o antigo Mr. Cool, agora no auge de seu controvertido sucesso pela adesão ao jazz-rock, arredio a elogios declara à revista Down Beat: Todos os músicos deveriam um dia se reunir e agradecer de joelhos ao Duke.

 A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 1920 até à de 1960. Ainda hoje suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos. Entre os seus muitos êxitos encontram-se "Take the A Train" (letra e música por Billy Strayhorn), "Satin Doll", "Rockin' in Rhythm", "Mood Indigo", "Caravan", "Sophisticated Lady", e "It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got that Swing)".

Durante os anos 20 e 30, Ellington partilhava frequentemente seus créditos de compositor com seu manager Irving Mills, até que no final dos anos 30 desentenderam-se. Billy Strayhorn passou a ser o colaborador de Ellington (nem sempre creditado como tal) desde 1940 até à sua morte nos anos 70. Ellington tinha a preocupação de adaptar as suas composições de acordo com o talento dos músicos que compunham a sua orquestra, entre eles estiveram Johnny Hodges, Bubber Miley, Joe "Tricky Sam" Nanton, Barney Bigard, Ben Webster, Harry Carney, Sonny Greer, Otto Hardwick, e Wellman Braud.

Coube a ele aglutinar as informações oriundas do blues, o coração do jazz, para desenvolver, ao longo de 55 anos de duas carreiras simultâneas, como compositor/arranjador e como bandleader, um estilo único a partir das harmonias e sonoridades novas, facilmente identificável aos primeiros acordes, que se instilou nos inúmeros géneros que cultivou, desde o exótico estilo jângal, em voga na sua mocidade, passando ao ritmo sincopado do ragtime e a tantos outros que se formaram a partir do entrelaçamento das culturas européia e africana nascidas na América, notadamente na região de Nova Orleans e no Deep South, expandindo-se para o mundo.

Quebrou velhas regras musicais, criou novas e, como diz Marsalis no seu poema escrito ao mestre, não ficou escravo de nenhum sistema. Desde as primeiras obras-primas jângal, a partir de uma orquestra aos poucos formada no Kentucky Club, no Harlem em N.Y., com a participação de músicos talentosos, como o trompetista Bubber Miley, o trombonista Joe Tricky Sam e o sax-barítono Harry Carney, à sua mudança, após quatro anos no Kentucky para o ainda não lendário Cotton Club, também no Harlem, a música de Ellington estava destinada a encantar o mundo.

Os jornais aplaudiam e o público vibrava com aquele som, feito por uma equipa de craques. Miley arrasava, emitindo o growl com sua surdina, criando os mais estapafúrdios efeitos jungle style. Hasse conta que só nessa época do Cotton Club foram cerca de 200 discos gravados. Não devemos esquecer também que cada gravação podia levar até os dois lados de um disco. Víctor ChabQuando veio a Época de Ouro do Cotton Club, Duke e sua trupe encontravam-se em pleno gás. Eles também haviam provocado aquela onda conhecida então como o Ressurgimento Negro.

São deste último ano, 1932, músicas hoje celebrizadas por retratar um tempo único na história da música. Com sua orquestra, gravou It don't mean a thing if ain't got that swing (em tradução livre: Sem aquele balancé não tem nada a ver), Lazy rhapsody (Rapsódia preguiçosa), incursionando pelas primeiras sonoridades impressionistas, em Blue Harlem e Sophisticated lady. Pelo incrível número de celebridades que produziu, torna-se simples entender quão atraente e igualmente difícil dominar a história do jazz.

Um engano comum é afirmar que a formação e a herança dessa música provém somente da cultura negra. Sobre isso, Eric J. Hobsbawn, entusiasta e estudioso do assunto (além de historiador eminente), escreveu em seu História Social do Jazz, a certa altura do livro em que situa os personagens deste teatro: (...) a música negra rapidamente passou a se fundir com componentes brancos, e a evolução do jazz é o resultado dessa fusão.

O jazz surgiu no ponto de intersecção de três tradições culturais europeias: a espanhola, a francesa e a anglo-saxonica. Cada uma delas produziu um tipo de fusão musical afro-americana característica: a latino-americana, a caribenha e a francesa. No caso de Ellington, por uma questão de justiça, devemos registar aqui seu depoimento a um repórter a respeito de sua música: toda a minha música é negra. Noutra ocasião falou: todos os títulos de minhas músicas, eu os retiro da vida no Harlem.

 HAPPY BIRTHDAY

ORNATOS VIOLETA

Esgotados os quatro concertos dos Ornatos Violeta nos Coliseus, em Outubro 2102.Estamos em Abril. Já não há bilhetes,recorde-se que a banda de Manel Cruz acrescentou duas datas à sua passagem por Lisboa e Porto, em Outubro próximo, mas mesmo assim, os ingressos para estes espectáculos já foram vendidos. O grupo de Manel Cruz, Kinörm, Nuno Prata, Peixe e Elísio Donas sobe ao palco do Coliseu dos Recreios(25 e 26 de Outubro) e ao Coliseu do Porto (30 e 31 de Outubro) serão revisitados os temas de “Cão” (1997) e de “O Monstro Precisa de Amigos" (1999), os dois únicos álbuns de originais editados pela banda. Ornatos Violeta celebram 20 anos de carreira com reedição dos álbuns de estúdio, “Cão” e “O Monstro Precisa de Amigos”, que regressaram às lojas nacionais em Dezembro, 2011, numa caixa especial que inclui também um CD com inéditos recuperados de antigas sessões de gravação e raridades, num altura em que se cumprem 20 anos após a sua edição original.

DEAD COMBO

Há músicas que são como viagens. Á boleia de uma “guitarra desajeitada”, e o som grave de um contrabaixo, descobrimos geografias num acorde que soa como fado coberto com pó do deserto. Esta viagem, de mestiçagem de ritmos, faz-nos correr pelas ruelas dos estendais de Lisboa, com santos, flores, mulheres mal-amadas, “galinhas à solta e coisas que rolam na rua”, e o amolador de tesouras a anunciar chuva. Uma cidade maldita de estranhos mundos povoados por blues escavacados em “Blues da tanga”, ou com a kazoo em “Temptation” de Tom Waits, e no surf-maricahi de “Mr. Eastwood”, o velhinho rock’n’roll,(sonoramente furioso)“Cacto”, a dupla de bandidos mais irreverente da musica portuguesa, um gato-pingado e um gansgster, ou talvez dois playboys lusitanos, Tó Trips e Pedro Gonçalves - os Dead Combo.

O quarto disco de originais já tem destino marcado. A 3 de maio, “Lisboa Mulata” salta das aparelhagens para o palco da emblemática Aula Magna, em Lisboa. Tó Trips na guitarra e Pedro Gonçalves no contrabaixo, criaram, com este disco, a sua banda sonora de uma Lisboa multicultural e urbana com a ajuda de amigos como Marc Ribot, Alexandre Frazão, Sérgio Godinho e Camané.

O álbum foi considerado um dos melhores de 2011 por grande parte da crítica, estando também nomeado para o prémio de autores da SPA na categoria de melhor disco do ano. Agora a Mulata vira-se para os palcos e prepara a estreia dos Dead Combo numa das mais prestigiadas salas da capital, a 3 de maio pelas 22h00.

Tal como o disco, este espectáculo contará com a presença de convidados especiais: Camané, a Royal Orquestra das Caveiras e as Víboras do Chiado vão acompanhar Tó Trips e Pedro Gonçalves nesta noite irrepetível. Dona Emília, fã da banda, fez questão de se aprumar a rigor para recomendar o concerto:

SÉTIMA LEGIÃO 30 ANOS DEPOIS

Década de 80. Às nossas rádios chegava, directamente de Inglaterra, o post-punk dos Echo & The Bunnymen, dos New Order e dos Joy Division. Por cá, assistia-se ao grande boom do rock português, com Rui Veloso, Xutos & Pontapés, Heróis do Mar e GNR a assumirem o papel de protagonistas, e com os Sétima Legião, a darem os primeiros passos nas lides da música, com uma postura vanguardista. Trinta anos passados, mantém-se o poderio de Rui Veloso, Xutos & Pontapés e GNR, reedita-se a discografia dos entretanto extintos Heróis do Mar e comemora-se o 30º aniversário de carreira e o regresso aos grandes palcos dos Sétima Legião Os portugueses Sétima Legião dão hoje o primeiro concerto que assinala os 30 anos de carreira de uma das mais emblemáticas bandas do país. Para o arranque, os músicos escolheram a Casa da Música, no Porto, onde começam a tocar às 21h00. Os bilhetes para o concerto custam 30 euros. Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão (baixo e teclas) e Nuno Cruz (bateria) formaram a Sétima Legião em 1982 numa altura em que o rock português vivia um momento de expansão, com nomes como UHF e Rui Veloso a apostarem no rock. Nessa altura, a introdução da gaita-de-foles foi um risco que acabou por compensar o grupo. "Não parece nada que passaram 30 anos, parece menos, mas hoje tocamos melhor do que há trinta anos", disse à agência Lusa Rodrigo Leão. A sonoridade do grupo denunciava influências da música pop rock inglesa, em particular o ambiente de Manchester e de bandas como Joy Divison. Os primeiros temas da Sétima Legião ainda foram escritos em inglês, mas foi com as letras em português, quase todas de Francisco Ribeiro de Menezes, com a introdução de bombos e da gaita de foles, que conquistaram uma marca distintiva na música portuguesa. Os concertos marcados para a Casa da Música (Porto) e para o Coliseu dos Recreios (Lisboa) reúnem os elementos que integraram a formação original da banda: Rodrigo Leão (baixo), Pedro Oliveira (voz e guitarra), Nuno Cruz (bateria), Gabriel Gomes (acordeão), Paulo Marinho (gaita de foles, flautas), Ricardo Camacho (teclas), Paulo Abelho (percussão) e Francisco Ribeiro de Menezes (teclas). Ricardo Camacho, teclista, médico e investigador, explicou à agência Lusa que os espectáculos deverão ser longos, com mais de vinte temas, sobretudo os que ainda preservam a memória da banda, como "Glória", "Mar d'Outubro", "Sete Mares" e "Por quem não esqueci". Os Sétima Legião editaram seis álbuns, desde "A um Deus desconhecido" (1984) até "Sexto Sentido" (1999) e nunca anunciaram oficialmente um fim, sendo que os músicos foram tocando informalmente ao longo dos anos. Rodrigo Leão, que prosseguiu carreira nos Madredeus e a solo, fala de um "nervosismo saudável" em recuperar agora as canções tal como eram e Ricardo Camacho sublinha que nada mudou nestes anos: "Discutimos imenso, mas mantemo-nos amigos". Há elementos que continuaram na música, como Paulo Abelho e Paulo Marinho, outros que seguiram percursos paralelos, como Francisco Ribeiro de Menezes, diplomata e actual chefe de gabinete do primeiro-ministro. Toda a discografia da Sétima Legião foi remasterizada e reeditada esta semana, juntamente com uma colectânea intitulada «Memória», que inclui um DVD com um concerto gravado nos anos 1990 no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. A discografia é, como referiu Ricardo Camacho, "um documento sobre uma banda que deixou alguma marca na música portuguesa". Sobre o público que estará nos concertos, Rodrigo Leão e Ricardo Camacho não sabem bem quem os aguarda. "Possivelmente gente da nossa idade e que nos ouvia há trinta anos", disse Rodrigo Leão. "Se calhar algum público mais novo, que não nos conhece, mas que já nos ouviu na rádio", prosseguiu Ricardo Camacho. A banda tem pelo menos mais dois concertos agendados para assinalar os 30 anos:um a 18 de Maio, nas Caldas da Rainha, e outro a 8 de Setembro, em Cascais. O outro concerto é dia 4 de Maio no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Até ao final de Novembro a Sétima Legião vai passar por todo o país. Esta ideia de reunião já vinha a ser falada há algum tempo nos muitos concertos "só para amigos" que dão no Frágil. Uma outra sugestão pode ser uma passagem pelo SWR Barroselas Metalfest, o festival de metal que promete não dar descanso à tipicamente pacata vila minhota de Barroselas. Os passes para os cinco dias desta 15ª edição do festival custam 85 euros e os bilhetes diários custam 35 euros. Os concertos começam às 17h00. Hoje há música com os Monkeypriest, Legacy of Brutality, Warhammer, Asphyx, Process of Guilt, Aspen, Hirax, Mythological Cold Towers, Nuklear Goat, Ondskapt, Foscor, The Firstborn, Mother of the Hydra, Eccentric Pendulum, Bloodsoaked e Woslom.

AU PALAIS

O electro-goth duo Au Palais, trabalha no seu LP de estréia, e estão também a preparar um EP que leva a inspiração do clássico filme de Michael Mann, Heat, de 1995.. Enquanto isso, fizeram uma cover, com uma sonoridade sinistra de Lee Hazlewood e Nancy Sinatra,  "Some Velvet Morning".

ERIC COPELAND

Eric Copeland permanece ocupado. O seu ato principal, os NYC noisenik veteranos Black Dice, acabam de  lançar Mr Impossible, e ele já lançou alguns 7 "na etiqueta do membro dos No Age Dean Spunt, Post Present Mediuml. Agora, está a preparar um LP a solo, Limbo, para lançamento em 5 de Junho via Underwater People. "Louie, Louie, Louie" é o primiero single do álbum, e não é uma cover dos The Kingsmen, (nem  deve ser uma homenagem à TV show "Louie" .

MY NAME


VALERIE HEGARTY- especialista em “destruir” réplicas de grandes obras

A artista americana Valerie Hegarty é especialista em destruir obras artísticas. Com réplicas perfeitas de grandes nomes do mundo das artes, ela encontra maneiras criativas de fazer com que se pareçam arruinadas. Borradas com manchas de água, corroídas por cupins, queimadas ou vítimas de alguma forma de vandalismo, as obras são produzidas detalhadamente para que criem essa sensação de abandono.

28/04/2012

ARTISTAS QUEIMAM AS SUAS OBRAS

Nove artistas europeus queimaram suas obras de arte em Berlim em protesto pelas ameaças que a arte independente tem sofrido na Europa. Os cortes de gasto e o avanço dos grandes grupos económicos são apenas algumas das temáticas que preocupam os pintores.

As pinturas foram queimadas na casa de arte Tacheles, ocupada desde 1989 por cerca de 100 artistas de distintas disciplinas. O objectivo era chamar a atenção sobre a frágil situação das duas casas de arte independentes: o Museu de Arte Contemporânea de Nápoles, ameaçado pelos cortes estatais, e o Tacheles de Berlim, adquirido há alguns anos por investidores privados que não puderam desalojar os artistas que, há 23 anos, ocupam o edifício.

A acção também se realizou em solidariedade com o Museu de Arte Contemporânea de Casoria, em Nápole, cuja continuidade corre perigo por falta de apoio financeiro.

BJORK + KRAFTWERK

Sónar SP recupera do anuncio do cancelamento do show de Bjork. O festival, que acontece no Anhembi nos dias 11 e 12 de Maio, traz o novo show dos Kraftwerk. O espectáculo que os Kraftwerk levam ao Brasil é o de acompanhamento visual 3D, que ilustrou a famosa residência que a banda fez no Museu de Arte Moderna de Nova York, recentemente. O show do MoMA era o projecto “Retrospective 12345678″, durou oito noites consecutivas e revisitou toda a carreira do grupo.


A intenção foi mostrar tanto as contribuições históricas de Krafwerk como suas influências na cultura contemporânea do som e as imagens, mediante a apresentação de toda a obra que se extende por quatro décadas, inciada com seu disco Autobahn, em 1971.
De acordo com Klaus Biesenbach, curador chefe do MoMA, a banda “antecipou, continuamente, o impacto da tecnologia na vida diária e capturou a condição humana em uma era da mobilidade em constante transformação”.

THE SMITHS

Quase tão logo começaram os rumores a flutuar sobre a reunião dos Smiths,  quanto os ex-integrantes da influente banda dos anos 80 negaram tais negociações.

A história apareceu na músic news, alegando que os Smiths colocaram as suas diferenças de lado para se reunirem. O artigo dizia que o vocalista Morrissey e o guitarrista Johnny Marr estavam prontos para uma parceria com um promotor, nem sabe o nome, que escolheu juntar a banda novamente, depois de testemunhar os Stone Roses a fazerem o mesmo o ano passado.

Marr e o ex-baterista Mike Joyce foram rápidos a apagar qualquer esperança de que o quarteto de Manchester voltaria a tocarem juntos novamente.




O guitarrista Johnny Marr negou os recentes boatos  "Os rumores da reunião dos Smiths são falsos. Não irá acontecer", escreveu uma breve publicação na sua página pessoal do Facebook nesta quinta-feira (26).
Algumas horas depois, o músico disse ainda que não sabe de onde toda a história começou e  justificou-se. "Tenho coisas para fazer".

Joyce deu uma resposta semelhante quando perguntado sobre a suposta ressurreição.

"Quando eu ouvi pela primeira vez sobre isso, eu fiquei ... quer dizer surpreso e bastante chocado foi um pouco de um eufemismo", disse Joyce ao The Mirror. "Obviamente, eu tinha que manter minhas emoções sob controle, porque há um monte de gente no escritório. Isso não está acontecendo pessoal, tanto quanto eu sei - o que poderia ser uma coisa boa ".


 Os Smiths formaram-se em 1982 em Inglaterra, e separaram-se em 1987.

VAMPIRE WEEKEND

Não se preocupem, os fãs de Vampire Weekend! Tem sido bem mais de um ano desde que a banda sediada em Brooklyn tem desempenhado um show nos EUA -  mas vai mudar em Julho com o Pitchfork Festival - e,o baixista Chris Baio, disse que os meninos estão a preparar-se  bem para o próximo, e terceiro álbum.

"Nós começamos com muitas canções," disse em entrevista a Rolling Stone. "Obviamente não andamos a correr. Nós levamos isso muito a sério. Vamos estar incrivelmente empolgados para compartilhá-lo com o mundo quando estiver feito. "

 A estréia com o auto-intitulado album de 2008, e "Contra" de 2010, ambos receberam elogios. "Oxford Comma" e " Califórnia English’ tem sido escavado até aos tímpanos dos ouvintes, e  haverá, este ano, ou no próximo, mais melodias infecciosas a caminho em breve dos vampiros.

"Nós temos uma tonelada de coisas", disse o vocalista Ezra Koenig. "Seria legal se fosse [libertados] este ano. Eu sempre quero lançar música o mais rápido possível, mas cada vez mais estou percebendo é algo que você quase não tem controle sobre isso. Nós não só queremos estar numa posição [onde] quando colocamos alguma coisa, sentimos que podemos ter de beneficiar de mais tempo ".

Um fã de música eletrônica de longa data, Baio (cujo nome é DJ Baio) vai lançar 'Sunburn', um EP a solo em 21 de Maio. Mas o que realmente queremos é mais Vampire Wekkend.

BARNEY BUBBLES DESIGNER DE CAPAS DE ALBUMS

Quatro projectos de três bandas, todas pelo mesmo designer, versatil e brilhante Barney Bubbles.
Uma referência recente da Ace Jet 170 para a capa de, In Search of Space, Hawkwind. Barney Bubbles recebeu pouca atenção póstuma, fora as histórias dos seus antigos empregadores  

Bubbles Barney foi igualmente hábil tanto no design como na ilustração, ao contrário de outros contemporâneos no campo das capas dos álbums, como Roger Dean (principalmente um ilustrador, embora tenha criado projectos de rotulação) e a Hipgnosis (que eram mais designers e fotógrafos, redigiram em ilustração, quando necessário ).
Colin Fulcher tornou-se Barney Bubbles, em algum momento no final dos anos sessenta, provavelmente quando estava trabalhando, quer a tempo parcial ou a tempo inteiro, nas revistas underground, como a Oz, e mais tarde, na Friends/Frendz.  


Ele gostava de pseudónimos e usou-os na década de 1980; Barney Bubbles deve ter sido um que ficou preso. O site do documentário The Friends menciona que ele pode ter trabalhado em San Francisco por um tempo com Stanley Mouse, a sua arte precoce tem a mesma qualidade de alto impacto, como no melhor dos cartazes americanos psicadélicos. Barney trouxe essa sensibilidade para o design nas capas dos álbuns. O seu primeiro trabalho inventivo, In Searche of Space, é um clássico da embalagem.

Barney, deu um atraente visual  na  imagem de ficção científica de In Search of Space, dentro quando se abre revela o layout  de um cartaz. Uma das coisas que distingue os projectos de Barney 'Bubbles de outros ilustradores deste período, é o uso freqüente de duros elementos gráficos, algo que está  logo no início do seu trabalho.
Este álbum também inclui um projectado "Hawklog", um livreto, que pretende ser o diário de bordo da tripulação da nave espacial Hawkwind. 


 A mudança de identidade de Barney Bubbles significa que muitos trabalhos como este são omitidos nos anuncios. Gracious! foi um dos primeiros lançamentos da etiqueta Vertigo e o projecto foi creditado a "Teenburger".  



 Gracious! by Gracious! (1970)

O ponto de exclamação em negrito é impresso no cartão (bolhas?) texturizada, enquanto o interior (abaixo) apresentou uma imagem tridimensional tableau ao estilo Richard Hamilton. Esta banda também se conecta a Barney e a Roger Dean, outro artista cujo trabalho foi cada vez mais utilizado pela Vertigo. 
 O segundo album Gracious! contou com uma capa de Dean, que manteve o ponto de exclamação.
 Na década de 1970 até as bandas mais obscuras poderiam receber tratamento com cobertura de luxo.


 Hawkwind: Doremi Fasol Latido (1972), o trabalho de Barney parecia passar por fases de influência. Para o terceiro album ele deve ter estado a olhar para o tipo de arte dos super-heróis da banda desenhada, exemplificado por Jack Kirby. A capa de Doremi é um desenho a preto e branco (o original foi impresso em tinta prata) feito ao estilo familiar de Kirby- tiras de metal reflexivo. 

 Hawkwind: Urban Guerilla, single (1973). anúncio era parte de uma série de cartazes a preto e branco todos criados em torno da época de Doremi que ainda exibia a influência de Jack Kirby em negrito. Esta imagem em particular, no entanto, é retirada a partir de uma tira de Lone Sloan pelo francês Philippe Druillet, Les Iles du Vent Sauvage (1970).

Michael Moorcock & the Deep Fix: New Worlds Fair (1975). A capa para o álbum foi (de acordo com Moorcock) um verdadeiro parque de diversões, a cabine de madeira  foi construída, pintada, e depois fotografada.

 1976 foi o ano de uma purga estalinista na música britânica como um todo. Com o advento do punk Barney faz com sucesso a transição do designer hippy ao designer punk. O punk deu-lhe uma coleira e nova vida, como a enorme capa para o segundo álbum dos, The Damned: Music For Pleasure (1977)..

 A capa é um retrato "Kandinsky-esque", com o nome do grupo soletrado usando formas abstractas, uma abordagem usada por outros artistas. O espaçamento entre letras muito larga usada nos títulos destes álbuns foi uma característica comum dos seus projectos na Stiff, um de uma série de efeitos que se tornaram habituais e prevalecentes no trabalho de designers subsequentes.

 Quando Hawkwind se tornou Hawklords para um álbum e uma turné em 1978. Barney foi contratado para ajudar a criar o show de palco e a desenvolver o conceito da vaga de ficção científica Pan Transcendental Industries, em torno do qual o álbum foi baseado. O resultado foi uma apresentação muito, up-to-the-minute- a banda descartada  imediatamente a seguir. Foi o último trabalho de Barney para Hawkwind. 

 Nik Turner foi expulso de Hawkwind, mas permaneceu como amigo de Barney Bubbles. Quando Turner chegou a gravar o seu álbum a solo, Sphinx Nik Turner: Xitintoday (1978),Barney foi convidado para criar o packaging. O álbum é um conceptual caso baseado em torno do Egyptian Book of the Dead.

Mas projecto de Barney para a capa e livreto que o acompanha evita clichés hippies, uso de gráficos abstractos ou  arranjos de letras, por exemplo, as palavras é composta pelas características do "brilho" das estrelas. O par continuou a trabalhar em conjunto para a banda depois de Inner City Unit, de Turner.


1978 foi também o ano que Barney foi convidado a ajudar com o redesenho do NME, no novo logotipo, o antigo  que permaneceu em uso até ao final dos anos 80.

 A associação com a Stiff Records levou a uma das obras mais famosas de Barney, o logotipo dos Blockhead. Se ele é lembrado por alguma coisa deve ser por este gráfico simples, brilhante e espirituoso- Ian Dury & the Blockheads: logo design (late 70s)..

 Ian Dury & the Blockheads: Hit Me With Your Rhythm Stick (1978), a sua inventividade veio á tona com, Ian Dury & the Blockheads: Do It Yourself (1979), novamente com os seus projectos de capa de Ian Dury. Esta capa "Do It Yourself" foi impressa em doze versões diferentes em folhas reais de papéis de parede. O projecto actua não apenas como um comentário sobre o melhoramento da casa a que alude o título, mas também um pedido para o comprador fazer uma escolha da sua própria entre os diferentes estilos.

 Elvis Costello & the Attractions: Armed Forces (1979). The David Shepherd- estilo elefantes, nesta capa pouco faz para sugerir o design interior excepcional, provavelmente o trabalho de Barney mais extravagante desde Space Ritual e, certamente, igual. A capa abre para ampliar ainda mais a interpretação do título e inclui "stylings" de Mondrian e Jackson Pollock, entre estampadas abstrações dos animais.Foi produzido em associação com Bazooka Graphics, França.

The Imperial Pompadours: Ersatz (1982). Muitas pessoas não sabem que Barney tinha uma banda. Os Imperial Pompadours, era Barney mais Nik Turner e outros membros emprestados em torno de Inner City. Eles gravaram este insano álbum de rock'n'roll, com um orçamento muito restrito.





Trabalho com a Radar continuou com as capas de todos os primeiros álbuns de Elvis Costello. Almost Blue prefigura o olhar de muitos projetcos que veio no final da década, enquanto em Imperial Bedroom, 1982, destaque para a pintura de Barney, um pastiching de Picasso (“Snakecharmer & Reclining Octopus by Sal Forlenza, 1942”).


Apesar do seu sucesso crescente e uma reputação crescente entre os jovens designers estes foram os seus últimos trabalhos. Amigos dizem que ele sempre teve uma espécie de depressão e no final de 1983, chegou algum tipo de crise e tirou a sua própria vida. Roy Carr escreveu o obituário no NME.



MUSICAS SIMULADAS DE ORGASMOS

Orgasmo feminino simulado em discos não é muito comum, mas certamente existem alguns exemplos de alto perfil.

Contando para trás até ao álbum de Vanessa Daou's Zipless (1994), Donna Summer Love to Love You Baby (1975)  Yoko Ono
gemido-suspiro-gritando no final dos anos sessenta / início dos anos setenta ( não gostaria de viver ao lado e muito menos estar na sala ao lado) e o vapor de Serge Gainsbourg  em Je t'aime com Jane Birkin em 69 contribuiram para um estudo "interessante".

 Mas a caminho de volta aos conservadores anos 50, o duo conhecido como John e Jackie (não o Sr. e Sra. Kennedy) entregaram-nos "Little Girl" 1958, a canção
inesperadamente grosseira de rockabilly em que Jackie chega a ter toda a diversão.A canção foi escrita pela figura culto rockabilly, Gene Maltais.


Mas na verdade Jackie refinou a sua altura e transformou-se na musica dos Rare Earth "Cover With Me": ela esqueceu-se que era suposto ser uma simulação ...

BEN+ VESPER

Case com alguém, que cante as suas canções com você. As bandas male/female cantando despertam, mas são as bandas de casal que despertam mais: há algo especial no rock matrimonial, coloca mais dentro do universo de sentimentos, de convivência, o. universo de uma banda, os estilos são diferentes, mas as músicas são quase uma extensão para a casa do cônjuge, para ouvir no quarto, é muito maluco.

Naturais de New Jersey, o casal indie folk duo Ben + Vesper, e a suave guitarra e acordeão-alimentado de esquisitices pop ecoando no trabalho de Handsome Family, Half-Handed Cloud, e Ida. Depois de solidificar o seu som no palco e no estúdio, os alunos de escolas antigas de arte mandam uma demo para Danielson Famile mastermind Daniel Smith, resultando em 2006, no EP, More Questions,que foi lançado pelo proprio selo de Smith, Sounds Familyre.

O primeiro album  2007's All This Could Kill You, é caracterizado por frequentes aparições dos colaboradores de Smith,  Elin e David  Smith, bem como o amigo da família Sufjan Stevens.

 Ben + Vesper trabalhou com Stevens novamente em 2010, quando produziu, arranjou e gravou o  EP LuvInIdleness. Um ano depois, a dupla lançou o seu segundo álbum, Honors que contou com participações dos suspeitos do costume indie (incluindo, Stevens, Danielson's Josh Stamper,  dois membros da Holler, e Wild Rose!).

MIKE DOUGHTY + SOUL COUGHING

Quando Mike Doughty se separou dos Soul Coughing em 2000, não foi apenas o fim de uma das bandas mais inovadoras do movimento alternativo dos anos 90 - foi também o início de uma breve e florescente carreira solo, que gerou hits como 'Super Bon Bon' e 'Circles' - o  vocalista / guitarrista Mike Doughty apelidou o seu som “deep slacker jazz”- o seu trabalho a solo como cantor e compositor seguui um modelo mais simples, mas não menos impressionante. Soul Coughing construiram o seu nome, combinando um  mistura de influências musicais, eles são um tipo de coisa hip-hop/jazzy/cartoon-style, com.elementos de rock alternativo, jazz e spoken word, com letras totalmente loucas ou incrivelmente coloridas cantada por eles. O tipo que fez todos e os estranhos samplers da banda, foi, Di M'ark Gli Antoni: mestre do moog moderno.


Eram quatro pessoas que não diziam nada uns aos outros o que fazer. Reflectiam claramente diferentes interesses que estavam acontecendo, e Nova York foi uma espécie de um lugar muito grande que tudo aconteceu e muito disso tem a ver com o que a cidade é, ocupada, competitiva e as pessoas estão sempre a tocar juntos. Na verdade é um grande lugar de música.

Embora os fãs dos Soul Coughing não sabiam disso na época, a música da banda foi alimentada em parte pela disfunção extrema nos bastidores. Doughty, de apenas 22 anos no momento em que se formaram, recrutou o seu trio de apoio de músicos veteranos na cena de Nova York, do cenário musical experimental, enquanto trabalhava na porta do famoso clube de NYC,  Knitting Factory.  Mas os músicos mais velhos logo puxam classificação no mais jovem cantor, formando uma frente unida que sempre lutou contra ele sobre tudo, de royalties da canção para a arte da capa do álbum até o momento da divisão feio pelo quarteto. Estes dias, Doughty não tem absolutamente nada de bom a dizer sobre o grupo que o colocou no mapa.Tudo isso é coberto em grande detalhe no
The Book of Drugs, "O Livro das Drogas", de Doughty, um soco nas memórias, e que chegou às lojas no início deste ano. Está tudo lá: a sua infância opressiva como filho de um professor de West Point, o seu movimento de mudança de vida para a Big Apple, a ascensão e queda dos Soul Coughing e a subsequente carreira solo. E, claro, as drogas: se você faz como título do seu livro de memórias 'O Livro das Drogas',  está feito mais do que o seu quinhão.

 Doughty apresentou alguns lançamentos como artista solo, incluindo  ‘The Question Jar Show.’2011. O disco duplo ao vivo compila gravações da sua turné do mesmo nome, performances acústicas amparado por um segmento no qual ele respondeu a ridículas perguntas escritas por membros da plateia antes do show e, em seguida, escolhidas aleatoriamente de uma jarra. No outono passado, lançou o seu "super funky" quarto álbum de estúdio.

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