JIM MORRISON

É um «crime» antigo. Tem 41 anos. O «criminoso» já morreu. Mas o ainda governador da Flórida, Charlie Crist, está a ponderar um perdão póstumo. O «criminoso» é Jim Morrison. O «crime», o concerto mais controverso dos «Doors», em Miami.

Corria o ano de 1969. Primeiro dia de Março. Local: Dinner Key auditorium. Rezam as crónicas que Morrison cruzou os EUA depois de um dia de excessos em Los Angeles. Álcool, drogas e uma enorme dose de carisma pessoal aliaram-se a um público eufórico numa sala sobrelotada.

Numa noite de excessos, Morrison também cruzou limites (pelo menos os da altura). Praguejou, tirou a camisola e chegou a perguntar ao público se queria ver os seus genitais.

O resto da história é controversa. Há quem diga que o cantor teria concretizado o desejo da multidão. Há quem diga que não. Certo é que o palco foi invadido em seguida. Morisson envolveu-se em agressões com o promotor do espectáculo. E o concerto acabou em tribunal.

O líder dos Doors foi condenado por exposição indecente e profanação, o que lhe valeu uma pena de prisão de seis meses e uma multa de 500 dólares.

Nunca chegou a cumprir a pena. Enquanto aguardava o resultado da interposição de um recurso e depois de ter pago uma caução para esperar em liberdade, Morisson morreu em Paris, a 3 de Julho de 1971, com 27 anos.

Nos EUA não existe prescrição....