EVAN PARKER, a terceira obra discográfica do Electro-Acoustic Ensemble (registada em 2002 e editada no final do ano seguinte)talvez seja a sua melhor, tal se deve ao facto, ter dado rédea solta/espaço aos músicos que consigo trabalham -grupo com nove elementos, ele incluído, surgindo-nos mais aberta, e ao facto de o líder e saxofonista se ter inspirado em «Memory/Vision» nos princípios de cronotopologia e resonância de Charles Arthur Musès, tal como fez questão de assinalar no libreto do CD.
A EAE foi fundada em 1992 numa performance no Total Music Meeting in Berlin, e em sua primeira iteração foi concebido como um extensão do trio estabelecido há muito tempo Evan Parker/ Barry Guy/ Paul Lytton. Para cada musico foi adicionado um " parceiro técnico-musical" que iria tratar os sons electronicamente ". Walter Prati, com quem tinha trabalhado anteriormente com Evan foi emparelhado com ele, Philipp Wachsmann foi emparelhado com Guy (embora ele também tocava violino e viola), enquanto Marco Vecchi trabalhou com Lytton.
Como o tempo da viagem se aproximava, Lawrence propostas a Evan se gostaria de ter um papel muito mais fluido do que a abordagem emparelhamento utilizado até agora, e que seria capaz de processar qualquer um ou todos os instrumentistas com o momento necessário. Evan respondeu perguntando a Lawrence Casserley se era tecnicamente possível para todos os processadores ter a mesma liberdade. Lawrence comprometeu-se a elaborar um sistema que tornaria isso possível. Ele criou uma matriz que permitia quatro fontes (incluindo Philipp Wachsmann como fonte instrumental) cada, serem encaminhadas para quatro processadores (Walter, Marco Vecchi, Lawrence e novamente Philipp). Esta fase do Ensemble está documentada no CD "Drawn Inward" (ECM 1693), onde é evidente que a liberdade produz novas possibilidades de tratamento apenas insinuada na versão anterior. Estes incluem "Spouting Bowl", onde Lawrence processa quatro instrumentos de uma só vez, e várias ocasiões, em que os processadores concentram tudo num único instrumento. Esta última forma de configuração tornou-se uma marca registada da estrutura formal do Ensemble.
A configuração do septeto continuou até 2002, quando o foi novamente ampliado, com a adição do pianista espanhol Agustí Fernandez e Joel Ryan (live processor). Outra inovação para as apresentações em Oslo e Huddersfield foi a inclusão do video artista norueguês Kjell Beorgeengen, que realizou em várias ocasiões posteriores, sons do Ensemble para accionar ás suas projecções ao vivo.
Esta configuração, com e sem o desempenho do vídeo de Kjell, continuou até 2004, quando FURT, o duo de electrónica Richard Barrett e Paul Obermayer, foi adicionado ao line-up para o Free RadiCCAls Festival em Glasgow. Mais uma vez, com a nova adição alteraram o equilíbrio do grupo. Uma das características interessantes do Ensemble é a maneira como todos esses processadores conseguem manter fora do caminho uns dos outros. Ouvindo o CD, sem qualquer audiência do grupo ao vivo, ou conhecer bem os estilos de assinatura dos participantes, deve ser quase impossível saber quem faz o quê, mas é os estilos individuais que o fazem funcionar, e isso é uma coisa horizontal bem como uma vertical.
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