O quadro A pastoral, de Henri Matisse,um dos quadros roubados do Museu Nacional de Arte Moderna, em Paris.
Cinco quadros de Pablo Picasso, Fernand Léger, Henri Matisse, Georges Braque e Modigliani foram roubados do Museu de Arte Moderna de Paris na madrugada desta quinta-feira. O roubo foi descoberto por empregados do museu por volta das 7h do horário local quando perceberam que uma janela fora arrombada. O valor das obras foi estimado inicialmente em 500 milhões de euros.
Segundo um fonte judicial, as obras dos pintores Picasso "Pigeon aux petits pois" ("Os pombos e as ervilhas"), Matisse "La pastorale" ("A pastoral"), Georges Braque "L''olivier près de l''Estaque" ("A oliveira perto de Estaque"), Fernand Léger "Nature morte, chandeliers" ("Natureza morta com candelabros") e Amedeo Modigliani "La femme à l''éventail" ("A mulher com leque") foram roubados por assaltantes que, aparentemente, só precisaram quebrar uma janela e arrombar um cadeado para entrar.
O roubo foi descoberto antes da abertura do museu que ocupa parte do "Palais de Tokyo", prédio em estilo Arte Déco, sobre o rio Sena,junto ao Teatro de Chaillot, frente à Torre Eiffel, num bairro chique da capital.
Os responsáveis pelo museu constataram a violação da janela e do cadeado, além de imagens registadas pelas câmaras de segurança do momento em que o ladrão entrou no estabelecimento pela janela.
Os serviços especializados da polícia apontaram diversas vezes para a falta de protecção dos museus, principalmente em Paris.
Pablo Picasso, Henri Matisse, Raoul Dufy, Maurice de Vlaminck, Georges Rouault, Chirico, Pierre Bonnard, Suzanne Valadon, Maurice Utrillo, Jean Arp, Alberto Giacometti ou ainda Pierre Soulages estão entre os artistas em exposição.
O museu, com mais de 8 mil obras,ilustrando as diversas vertentes da arte do se. XX (Fauvismo, Cubismo, Novo Realismo...),possui entre as suas peças mais conhecidas "La Danse", de Matisse, "Le Nu dans le bain" e "Le Jardin", de Bonnard, "L'équipe de Cardiff", de Robert Delaunay, "La Rivière", de Derain e o "Les Disques", de Léger.
Em Junho de 2009, no museu Picasso da capital um caderno de desenhos do artista, com valor estimado em 3 milhões de euros, foi roubado durante o dia. Em Dezembro, um desenho em pastel de Edgar Degas, "Les Choristes" ("As Coristas"), foi roubado do museu Cantini de Marselha.
Desde que o roubo foi descoberto, a ocorrência e fotos dos quadros foram divulgadas em todas as bases de dados policiais existentes do mundo, via Interpol.
O escritório central de luta contra o tráfico de bens culturais (OCBC), serviço da polícia judiciária único e especializado desde 1975 nesse domínio, mostra uma base de dados que contabiliza 80 mil imagens de obras de arte desaparecidas.
A Interpol tem um base similar que rastreia cerca de 26 mil imagens de "obras de arte mais procuradas no mundo".
As obras roubadas foram recentemente recuperadas de outro assalto. A justiça francesa prepara-se para julgar três homens pela posse ilegal das duas telas de Picasso, levadas em 2007 do domicílio em Paris de uma das netas da artista Diana Widmaier-Picasso, e que valiam mais de 50 milhões de euros. As pinturas foram encontradas depois de cinco meses de investigação.
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