A questão é que Osbourne é considerado um caso raro na medicina. A sua sequência genética será mapeada para tentar explicar como é que o seu corpo aguentou todos os estragos... depois de usar "milagrosamente" 42 tipos de drogas ...
Segundo Ozzy, a diferença entre a sua sobrevivência e a de outros rockstars está no tempo de duração dos seus hábitos loucos. "Tudo está indo bem em alguns dias, mas para mim está há 40 anos.
Em dado momento, eu bebia quatro garrafas de conhaque por dia, desmaiando, acordando e voltando ao activo", afirmou. Realmente, parece um milagre, não?
Ozzy mordeu a cabeça de um morcego durante um show dos Black Sabbath e, em 2003, quebrou o pescoço em acidente com uma moto de quatro rodas.Tudo aconteceu quando um fã, durante o show, atirou um morcego ao palco e Ozzy, acreditando se tratar de um artefacto de plástico, mordeu a cabeça do animal e acabou tendo que tomar várias injeções anti-rábicas. O medicamento causou-lhe choques anafiláticos, entre outros problemas de saúde. Chegou-se até a ser divulgada a sua morte, que foi desmentida pelo próprio vocalista.
Em resposta, Ozzy Osbourne, de forma irónica, disse saber que pessoas podem morrer de raiva após serem mordidas por morcegos, mas que nunca ouviu falar que alguém pode morrer de raiva por ter mordido um morcego. Além disso, a grande repercussão por parte da imprensa sensacionalista levou entidades de protecção aos animais a protestarem contra os shows, inclusive, alguns tiveram que ser cancelados. Mesmo com tantos incidentes, a turné continuou.
Segundo o site do Jornal Britanico "The Times", Ozzy Osbourne cedeu uma apetitosa descrição do famoso incidente, "Ele devia estar totalmente desnorteado por causa das luzes e do barulho. Eu pensei que fosse um brinquedo, porque estava completamente parado. Eu botei dentro da minha boca e então ele começou a bater as asas, e me assustei. Tentei tirá-lo rapidamente da minha boca e a cabeça se separou do corpo".
"Era meio quente e crocante, tipo um McDonald's", disse.
Também possui uma doença genética parecida ao mal de Parkinson e, em pelo menos uma vez, já foi internado numa clínica de reabilitação.
Apesar de todos os excessos, o cantor casado com Sharon, a quem já tentou estrangular, tem três filhos crescidos. Agora, Ozzy talvez obtenha algumas respostas da empresa americana Kenome, que vai usar uma amostra do seu sangue para mapear o seu genoma.
De acordo com o estudo, Ozzy tem propensão a ter mais alucinações quando consome maconha do que a maioria das pessoas, além de torná-lo mais sensível à dependência de álcool e cocaína.
O objectivo do estudo é entender porque algumas pessoas conseguem viver uma vida em excessos e outras mal conseguem consumir leite.
Curiosamente, o resultado do estudo pode servir de explicação para uma das frases mais polémicas do mundo da música, atribuída ao próprio Ozzy: “Eu sou um louco. Não consigo fazer nada moderadamente. Se é para beber eu bebo tudo e deixo o local seco. Se são drogas, eu tomo tudo e depois procuro restos na carpete. Eu tomei LSD todos os dias durante anos. Gastava cerca de US$ 1 mil por semana com drogas e tive uma dúzia de overdoses.“
Em entrevista à Classic Rock, Ozzy Osbourne falou sobre a experiência com substâncias químicas, que o levou a coluna de jornal e agora ao livro Trust Me: I’m Dr. Ozzy.Acho que o livro tem certo charme por ser tão aberto ao assunto do abuso de substâncias, "Estava falando sobre isso com minha esposa outro dia. A maioria das pessoas que consumiam comigo estão mortas. Há alguns por aí, mas quase todos se foram", "A palavra moderação nunca se aplicou a mim. Nunca saía para tomar um drinque, era para beber até cair, dizia que ia ali e já voltava. Retornava três dias depois, com um par de algemas".
O ex-vocalista dos Black Sabbath é apenas uma das poucas pessoas no mundo cujos genomas serão analisados. Os cientistas esperam que o teste, que é muito caro, durou três meses, ofereça informações sobre como as drogas são absorvidas pelo corpo humano.
Ozzy, 61 anos, viveu uma vida que, teoricamente, mataria uma pessoa comum. Até o cantor não consegue entender como sobreviveu por muito tempo, tanto que, recentemente, disse que é “um milagre da medicina
Agora, aos 62 anos, moderação faz parte do seu vocabulário, " Não posso mais beber nem me drogar. Vivo na Califórnia, poderia arranjar maconha através do médico, mas a quem eu estaria enganando?", " começaria com erva e acabaria com crack. Um trago, um charro, ou um seja lá o que for é uma regra que não se aplica a mim, embora a minha cabeça pense que sim".
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