11/03/2012

THURSTON MOORE

Hoje o fundador dos Sonic Youth passa por Guimarães, acompanhado por John Moloney e Keith Wood.
Segunda e terça-feira será a vez de Lisboa ouvir as canções de Thurston Moore

Thurston Moore marcou a história do rock americano das últimas três décadas por ter fundado os Sonic Youth, hoje agraciados com o estatuto de instituição do indie rock, sendo um dos raros casos de longevidade, tendo atravessado as convulsões sonoras de 1981 aos nossos dias.

Hoje o guitarrista passa pelo Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e na segunda-feira desce até Lisboa, atuando no Teatro da Trindade. Nestas duas primeiras datas o músico vai-se centrar no disco em nome próprio que lançou no ano passado, Demolished Thoughts, que revelou um Thurston Moore entregue às melodias pop embaladas à guitarra acústica e adornadas com a produção orquestral de Beck.

Se por um lado poderia se supor que aos 53 anos o guitarrista se deixou contaminar pelo conformismo, conhecendo a fundo o seu percurso e a sua personalidade artística sabemos que esta distanciação do ruído típico dos Sonic Youth apenas significa mais um desafio a que se coloca.

Quanto ao terceiro concerto que o músico vai dar em Portugal, na terça-feira na Galeria Zé dos Bois (Lisboa), pouco se sabe, uma vez que a associação estabelecida no Bairro Alto deu carta-branca a Moore para este fazer o que entender. Todavia, as surpresas que o músico preparar estarão reservadas a sócios da ZdB.

Quando se diz que o rock não teria sido o mesmo sem Thurston Moore não é caso para exageros. Foi ele que possibilitou a entrada dos Nirvana na multinacional Geffen Records, permitindo assim que o grupo liderado por Kurt Cobain se tornasse o fenómeno megalómano dos anos 90.
Mas mesmo fora dos Sonic Youth e em casos não tão mediáticos, Thurston Moore manteve sempre uma fiel atitude independente, não se deixando prender por espartilhos musicais. Da música totalmente improvisada às experiências com música electrónica, ao noise, ao free jazz, ao trabalho na editora Ecstatic Peace, sem esquecer a aproximação às artes plásticas e à poesia, Moore tem-se mantido uma voz em permanente transformação.

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