11/03/2012

CONCERTO FLUTUANTE

A piscina do Banyan Tree Cascais foi o palco de um concerto de música zen. O público apresentou-se de fato-de-banho e, em vez de se sentar em cadeiras, flutuou.

A música, os sons e as vibrações fazem parte da nossa vida e têm a capacidade de nos causar as mais variadas sensações. Neste caso, os conhecimentos ancestrais que estão na base da terapia do som são as ferramentas que Marc Requilé utiliza compor a música para relaxar. Na piscina do spa Banyan Tree, no interior das Termas do Estoril, flutua-se livremente numa piscina de água quente navegando ao som da música. Uma proposta da Zen Sounds para ajudar a relaxar e proporcionar tranquilidade ao mesmo tempo que promove o equilíbrio energético do nosso corpo.

Os 15 espectadores deste espectáculo apresentaram-se de fato-de-banho, roupão e chinelos, indumentária obrigatória para entrar no recinto do concerto: a piscina. Aqui o ambiente quente e húmido convida a entrar na água. Uma fileira de pequenas luzes e alguns instrumentos - como vasos, gongos ou taças - estão alinhados meticulosamente na zona central da piscina. As cadeiras foram substituídas por pequenos rolos de borracha (aqueles que habitualmente se utilizam nas aulas de hidroginástica) e os músicos esperam que todos entrem na água para dar início ao concerto.

“Esperamos que esta nova abordagem à utilização do som, combinado com conhecimentos ancestrais e os mais recentes estudos sobre musicoterapia, vos proporcionem um momento de bem-estar. Esperam-vos 45 minutos de puro relaxamento”, disse a responsável pela Zen Sounds, Catarina Teixeira, para abrir o concerto (com um custo de €30). Os participantes espalham-se pela piscina e começam a flutuar. Alguns têm dificuldades com os rolos, mas lá vão encontrando uma posição que permita ao corpo boiar. Mas também há quem tenha curiosidade e se posicione junto à borda da piscina para observar os músicos.

Os sons criados pelo músico Marc Requilé começam a entoar com a ajuda de Nuno Reis, que faz sons surpreendentes usando vasos de diferentes tamanhos e feitios. Com os ouvidos debaixo de água, a música ecoa de forma diferente. Os mais suaves sons, como os que saem das taças tibetanas, por vezes nem se ouvem. “O ideal era ter colunas no interior da piscina”, refere no final o director das Termas do Estoril que também experimentou ouvir a flutuar. Ainda assim, Marc Requilé explica que as vibrações passam para a água e entram no corpo. “Os próprios instrumentos têm todo um historial ligado ao equilíbrio e o bem-estar energético. A Natureza tem certos sons e vibrações quando as coisas estão em harmonia e que estão na base da música que crio”. Mas como se sabe se o nosso corpo está em harmonia? “É fácil: sente-se.”

A maioria dos instrumentos usados são utilizados há séculos no Oriente porque têm frequências mais baixas e logo mais harmoniosas. A música segue as técnicas da massagem de som criada pelo alemão Peter Hess, que Marc Requilé considera uma “sumidade” no que diz respeito à terapia do som. O relaxamento propiciado pelos vibrações é multiplicado ao interagir com a água.

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