A Guerra Cristera, realizada na sua terra durante o período de 1926-1928 causou uma grande impressão sobre ele e foi muito influente em sua pequena obra literária. Em 1924 o seu pai foi assassinado e a mãe morreu três anos depois de ataque cardíaco, crescendo a partir desse momento no orfanato Luis Silva da cidade de Guadalajara.
Estes acontecimentos criaram um carácter triste, sensivel, retraído e romantico, que logo marcariam a sua obra.
Desde 1934 Rulfo, misantropo, retraido e de poucas palavras, fixou residência na Cidade do México, onde, depois de não conseguir entrar em Direito e Filosofía e Letras, trabalhou no Escritório de Imigração do Secretário do Interior e escreveu em várias publicações, incluindo a revista "América". Também foi fotógrafo da fábrica de pneus Goodrich Euzkadi, onde foi contratado para o departamento de publicidade, e fundada em 1945 com Pedro Arreola e Antonio Alatorre, a revista "Pan". Em 1947 casou com Clara Aparicio, que lhe deu quatro filhos.
A partir de meados dos anos 50 trabalhou como argumentista, escrevendo textos de filmes como "Paloma Ferida" (1963) ou "O Galo de Ouro" (1967), um filme co-escrito com Carlos Fuentes, Roberto Gavaldón e Gabriel García Márquez.
«O galo de ouro» descreve a vertigem do jogo, do amor e da sorte a partir da história de Dionísio, um treinador de galos de luta surgido do nada que se torna uma figura incontornável do submundo. Pelo meio há políticos e domadoras de feras, numa história que é uma metáfora sobre os trajectos incomuns que pode levar a vida humana.
Em 1953 publicou um livro de histórias de ambiente rural, El Llano en Llamas "The Burning Plain" (1953). Dois anos depois veio a novela "Pedro Páramo" (1955), uma obra-prima do realismo mágico, considerado pela a crítica como uma das obras mestras da literatura universal.
Rulfo não edita até a década de 80, momento em que os seus argumentos são publicados "O Galo de Ouro e outros textos para o cinema" (1980).
Em 1962 ocupa como diretor de publicações do Instituto Nacional Indígena, em 1970, foi agraciado com o Prémio Nacional de Letras do México, e em 1983 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.
" El tiempo es más pesado que la más pesada carga que puede soportar el hombre" Juan Rulfo
obras destacadas
- Pedro Páramo (1955)
- Revueltas (1943)
- Yáñez (1947)
- El llano en llamas (1953)
- El gallo de oro (1980)
- Inframundo, el México de Juan Rulfo (1983
Sem comentários:
Enviar um comentário