Neste livro diferente e fascinante, Aaron Copland, uma das grandes figuras da música norte-americana dos nossos dias, explica como se deve ouvir música do ponto de vista do compositor. Ele analisa o que se ouve e o que se deveria ouvir num trecho de música, e mostra de que maneira um leigo pode desenvolverum entendimento maior e uma verdadeira compreensão da música — pelo simples facto de ouvir com inteligência.
Copland acha que para atingir essa compreensão o ouvinte deve ter noções sobre a criação musical e a sua anatomia — ritmo, melodia, estrutura harmónica. E chama a atenção para amaneira como a execução de um intérprete pode afectar o nosso entendimento do trabalho de um compositor.
Compositor brilhante, Copland é também um intelectual de respeito, e metade da sua fama vem provavelmente das obras que escreveu sobre música, e de uma intensa actividade no sentido de promover a música nos Estados Unidos — com uma atenção especial aos compositores americanos de hoje. Seus pais eram judeus russos que se estabeleceram nos Estados Unidos logo depois da Guerra Civil.
O nome da família era Kaplan, mas as autoridades de imigração registraram Coplan — e Aaron nasceu "na rua mais insípida de Brooklyn" no ano de 1900. Depois de um início promissor como pianista, uma bolsa de estudos da Guggenheim permitiu que viajasse para França em 1921, recomendado a Viñes e Nadia Boulanger. Suas primeiras composições datam da volta aos Estados Unidos, e desde o início revelaram bastante versatilidade de estilo: Copland não parecia fazer diferença entre compor para Ben Goodman, para a Filarmónica de Londres ou para filmes de Hollywood (chegou a ganhar um Oscar pela banda musical de um filme de William Wyler,The Heiress).
A consagração veio em 1930 com o prêmio da RCA Victor para a sua Dance Symphony,
confirmada em 1945 com o prêmio Pulitzer atribuído ao seu bale Appalachan Spring.
Ainda em 1945, Copland tornou-se director assistente do Berkshire Music Center, depois de uma temporada de conferências realizadas em Harvard e na New School for Social Research.
Copland vive actualmente num estábulo reformado com vista para o vale do Hudson, a uma hora de NovaIorque. Trabalhador metódico, diz que gostaria de estar compondo mais e regendo menos, e confessa uma queda pela música pop:
"Acho que os melhores conjuntos pop são muito inventivos, e estão fazendo coisas para esta época, coisas novas e diferentes. O uso da eletrônica, por exemplo, cria para a música moderna um ângulo inteiramente novo. Quando não é amplificada demais, gosto de música pop".
Ele acrescenta que gostou dos Beatles desde o início. "Eles eram extremamente inventivos, mesmo quando estavam no auge. Por causa disso, conseguiram um resultado musical que ninguém mais alcançou. Mas também gosto de outros, como Frank Zappa e os
Mothers of Invention".
A internet é hoje em dia o reflexo daquilo que somos para o bem e para o mal. Eu criei este blogue com o objectivo de falar sobre a cultura pop - musica, cinema, livros, fotografia, dança... porque gosto de partilhar a minha paixão, o meu conhecimento a todos. O meu amor pela música é intenso, bem como a minha curiosidade pelo novo. Como não sou um expert em nada, sei um pouco de tudo, e um pouco de nada, o gosto ultrapassa as minhas dificuldades. Todos morremos sem saber para que nascemos.
15/02/2012
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