07/01/2012

Comemorou-se ontem os 600 anos do nascimento de Joana D´Arc

França celebra esta sexta-feira o 600º aniversário de nascimento de Joana D´Arc, figura mítica da sua história militar e religiosa, a qual foi queimada no ano de 1431 e cuja trajectória sempre despertou interesse no cinema, na literatura, na arte e na política.

Desde o início do cinema até aos dias de hoje, de Georges Mélies a Luc Besson, incluindo a clássica versão de Theodor Dreyer, as façanhas da jovem que morreu na fogueira acusada de heresia deram à sétima arte inúmeros filmes e sequências.

Mas, sem dúvida, há mais livros de história, de ficção ou esculturas, já que em França existem milhares de praças com as suas correspondentes estátuas equestres. Trata-se de uma grande homenagem à jovem que irrompeu na Guerra dos 100 Anos, entre os reis de França e Inglaterra, e modificou o destino do seu país.

O nome de Joana D´Arc, morta sob as piores acusações e cuja inocência foi reabilitada pela Igreja em 1456, para ser canonizada pelo papa Bento XV, em 1920, é um dos mais utilizados nas ruas de todas as cidades francesas.

Na literatura - após ter sido retratada por vários autores, como Voltaire, Charles Péguy, Paul Claudel e Georges Bernanos, e coincidindo com este aniversário -, o mundo editorial volta a publicar várias obras sobre aquela guerreira medieval nascida em Domremy, um pequeno povoado do nordeste francês.

O académico Philippe de Contamine, um grande especialista histórico, assina uma destas últimas publicações com «Jeanne D´Arc. Histoire et Dictionnaire» (Joana D´ Arc. História de Dicionário, em livre tradução).

Escrito em colaboração com Olivier Bouzy e Xavier Hélary, o livro é, além de uma compacta biografia da Donzela de Orleães, uma prospecção das suas diferentes reencarnações no cinema, na literatura, na ópera, no teatro e nas Belas Artes.

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