O guitarrista Carlos Menezes, um dos pioneiros da introdução da guitarra elétrica em Portugal, morreu no domingo em Lisboa, aos 91 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.
Nascido na Madeira a 29 de Setembro de 1920, Carlos Menezes foi um dos primeiros músicos de jazz a ser reconhecido internacionalmente.
Estreou-se na guitarra eléctrica, com amplificação improvisada, na boite Nina, em Lisboa, por volta de 1944, afirma o jornalista Luís Pinheiro de Almeida no blogue Ié-Ié.
Com uma carreira de mais de 70 anos, Carlos Menezes tocou com músicos como Don Byas, Max, Mário Simões, Tony Amaral, Jorge Costa Pinto e Shegundo Galarza, com que Carlos Menezes actuou nos Estados Unidos.
De acordo com o investigador João Moreira dos Santos, Carlos Menezes tem centenas de discos gravados na ex-Emissora Nacional, enquanto músico de orquestra ligeira, e esteve ligado ao Hot Clube de Portugal e a Luís Villas-Boas, protagonizando algumas “jam sessions” no clube de jazz.
Desde o final dos anos 1940 que Carlos Menezes tinha também uma forte ligação ao concelho de Cascais, uma vez que foi por essa altura que começou a tocar no Casino Estoril, refere aquele investigador na página na Internet Jazz no País do Improviso.
Foi também no Casino Estoril que, nos anos 1950, foi descoberto por Steve Race, crítico de música da revista britânica Melody Maker, que o colocou no dicionário dos grandes guitarristas mundiais, tornando-o no primeiro “jazzman” português a internacionalizar-se como tal.
Em 2009, quando celebrou 89 anos de vida e 85 anos de guitarra – dado que começou a tocar em criança –, Carlos Menezes foi homenageado em Cascais, actuando ao lado de uma nova geração de músicos, como Bruno Santos, Filipe Melo e Demian Cabaud.
António José de Barros Veloso (piano), Maria Anadon e Maria Viana (voz) foram os convidados especiais desse espectáculo.
Na altura, a autarquia de Cascais descerrou uma placa dedicada ao músico.
Publico
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