Em 1988, os Sonic Youth gravaram três covers de canções dos The Fall, para a BBC. Como Ben Ratliff disse no Times, a opinião de Thurston Moore, sobre Smith; ele deve ter a sua "licença de rock" revogada.
Desde a sua formação em 1976, os The Fall lançaram 28 álbuns de estúdio, e mais do dobro desse número de álbuns ao vivo, colectâneas e outros pacotes.
"Ersatz G.B." é o seu 29º, e, como com qualquer registo mantém muitos dos seus elementos mais distintivos enquanto oferece uma tomada fresca em estilo familiar. O atual line-up é Smith (vox), David Spurr (baixo), Elini Poulou(teclas), Pete Greenway (guitarra) e Kierion Mellings(bateria) e são relativamente estabelecidos pelas normas Fall.
É o primeiro álbum para a Cherry Red, e contém todas as marcas de um grande album dos The Fall. The Fall vão tocar em várias datas para promover o lançamento do álbum, incluindo uma turné pelo Reino Unido em Novembro e uma aparição no All Tomorrow Parties em Março.
Juntamente com Kraftwerk e James Brown, os Fall parecem ser um daqueles "outros Beatles". O ouvinte precisa de um ouvido generoso para peneirar quase trinta álbuns (mais um número ainda maior de gravações ao vivo e compilações) feito por quase cinqüenta membros da banda, na própria maneira relutante de Smith, o homem mais generoso no norte da Inglaterra.
O facto de que Smith fazer frequentemente das suas palavras impossíveis de ouvir correctamente (mesmo para os nativos de Salford, cidade de Manchester, onde Smith é natural) é algo que só Smith pode explicar.
A fórmula foi nas primeiras gravações, lançado em 1978. Tocam rock no nível primário, antes de qualquer coisa ser adicionada. Os riffs de guitarra poderia estar numa variedade de garage-rock ou até mesmo canções de dança (o grupo tem se dado bem com ambos os estilos) mas trituradas por padrões de bateria que raramente mudam.
Num pequeno clube de Nova York, Brownies, em 1998, Smith entrou numa briga com seus colegas de banda, e foi preso naquela noite. Os membros do núcleo do grupo saíram, e Smith fez um show em Inglaterra algumas semanas mais tarde, com apenas o teclado da sua então namorada, Julia Nagle e o baterista Kate Themen, tocou três shows (possivelmente um recorde).
Bebedor pesado, envelhecimento visível, os shows ao vivo de 98, insinuavam o declínio final.
Mas Smith começou tudo de novo, com músicos mais jovens, e construiu uns novos Fall, mais resistentes. Smith é um dedicado anti-saudosista que se recusa a tocar "hits", carrega sempre o seu set list com material novo.
"GB Ersatz" é o trabalho de uma encarnação mais ou menos estável dos Fall, incluindo Elena Poulou, a esposa de Smith há 10 anos, nos teclados. Contra o estereótipo do músico envelhecido, Smith tem, ao longo dos anos, dirigido a sua banda para um som mais pesado e mais truculento.
A contribuição de Smith ás letras do rock tem sido a de libertá-las da necessidade de fazer sentido, continuando o trabalho de Captain Beefheart. Tão brilhante quanto foi Beefheart, ele cortou a um tipo particular de poesia oblíqua que era só dele. Smith pode executar as justa posições surreais que Beefheart viveu:“See a green goblin redhead, redhead make a grab for the book of prayers / Do anything for a bit of attention, get humbled in Iceland” is a non sequitur from “Iceland” 1982, poderia caber em álbuns de Beefheart.
O mundo flui através das letras de Mark E. Smith com todo o veneno.
Mantendo um fluxo produtivo constante, além de trabalhos sempre intensos e capazes de bater de frente com qualquer dita nova banda prodígio, poucos grupos ainda activos com mais de 30 anos de carreira conseguem igualar o vigor e o fôlego de Mark E. Smith.
Amar os The Fall, é amar algo que você nunca pode explicar, uma vez que raramente há nada tão coerente como um tópico de uma canção Fall.
1 comentário:
Ora, muito bem dito, The Fall uma disciplina obrigatória em qualquer aluno musical.
Abraço.
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