01/11/2011

LAETITIA SADIER

A voz inconfundível da franco-inglesa tornou-se uma das marcas de uma das bandas mais originais que surgiram no começo dos anos 90. Depois de quase 19 anos de trabalho os Stereolab entrou em hibernação em Abril de 2009 mas Laetitia continuou. O seu primeiro disco solo, The Trip, saiu em Setembro deste ano, via Drag City.

Laetitia foi fundadora dos Stereolab com o seu namorado Tim Gane, ex-membro dos McCarthy, banda indiepop activa entre 1985 e 1990. Participou no terceiro e último LP dos McCarthy, “Banking, Violence and the Inner Life Today” 1990, como vocalista convidada. Alem deles, os outros membros fundadores eram Martin Kean (baixista, ex-The Chills, banda neozelandesa) Joe Dilworth (ex-baterista dos Th’ Faith Healers, e também fotógrafo do jornal Melody Maker).


Passaram muitos músicos pelos line up dos Stereolab, a guitarrista e vocalista australiana Mary Hansen, que entrou na banda em 1992, junto com Laetitia e Tim formaram o núcleo duro do grupo. Mary permaneceu na banda até à sua morte trágica, Londres, 2002, por atropelamento enquanto passeava de bicicleta.


Os Stereolab lançaram 9 álbuns, singles, compilações, EPs, edições limitadas em vinil.

Enquanto pertencia aos Stereolab, Laetitia fez várias participações em discos de outras bandas e teve o seu side project em 1996. Os Monade junto com Rosie Cuckston, vocalista dos Pram, lançaram o primeiro single, em 1996, completando com mais três álbuns sob o nome de Monade entre 2003 e 2008.

Tim Gane e Laetitia separaram-se em 2004, mas continuaram a trabalhar juntos até 2009.

Demorou quase 20 anos a fazer música para Laetitia Sadier lançar um álbum a solo de verdade. Embora o seu projeto paralelo Stereolab e Monade começarem com o seu próprio esforço, transformou-se numa outra banda (ainda que uma liderada por Sadier), ela apresenta dois membros dos Monade, em The Trip, que sente mais como um trabalho a solo de verdade, será mesmo a sua raison d'être tão pessoal: Sadier foi inspirada pelo suicídio da sua irmã mais nova Noelle, e o seu processo de luto, para escrever essas canções.

Em The Trip, Laetitia cria com emoção a leitura curta e sombria "Summertime" de George Gershwin, ou o mais leve "Un Soir, un Chien", original de Les Rita Mitsouko.

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