Bruce LaBruce (1964) conhecido pelo fanzine queerpunk J.D. e dos seus filme de culto do cinema homossexual- “Hustler White” (1996), em parceria com Rick Castro e com Tony Ward no papel principal, “The Raspberry Reich” (2004) que esteve em mais de 150 festivais de cinema ou “Otto; or, Up with Dead People” (2008) que estreou no Sundance Festival e que foi exibido no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), em Novembro de 2008. O seu mais recente filme “L.A. Zombie”, com François Sagat, estreou-se em 2010.
Escritor, actor, fotógrafo, e realizador, o canadiano nascido Justin Stewart é uma referência no mundo da arte gay mais marginal.LaBruce tem colaborado regularmente, como escritor e fotógrafo, para publicações como a Index, Eye, Exclaim, Dutch, Vice, The National Post, Nerve.com, Black Book e Butt. Como fotógrafo de moda viu o seu trabalho publicado na Dazed and Confused, Bon, Tank, Tetu, Fake, Attitude, Blen, Tokion, Purple Fashion e The National Post, entre outras. Recentemente, realizou uma controversa entrevista a Karl Lagerfeld, para a Vice Magazine.
Ainda acredita que a revolução, para existir, tem que ser sexual, e a revolução sexual para acontecer tem que ser homossexual - diz Bruce, sim, absolutamente, esse é o problema do liberalismo que se sustentava em imperativos políticos que defendiam a igualdade e a liberdade e isso já não existe. O liberalismo foi corrompido pelo capitalismo e já não há libertação no liberalismo.
Inconformista, radical e inventivo. Assim é o cinema de Bruce LaBruce, pornógrafo esteta canadiano que com "L.A. Zombie: the movie that would not die", censurado em vários países e protegido noutros - força um cruzamento entre a pornografia a instalação visual.
O seu cinema, fetichista e explicitamente homossexual, inscreve-se numa escola de demonstração da fisicalidade, sendo amoral e militante. Se há quem veja no seu trabalho apenas a provocação, a construção narrativa que tem vindo a propor ao longo de mais de vinte anos de trabalho, sendo consciente dessa provocação, usa-a para criticar a própria utilização da violência e da exposição. É um cinema que cruza o discurso filosófico militante e a pornografia hardcore. Filmes como "Hustler White", "Skin Gang" ou "Raspberry Reich" insistem num activismo radical, defendendo uma revolução homossexual que vá onde a revolução social não chegou.
L. A. Zombie, sobre um zumbi alienígena que, após emergir do oceano em Los Angeles, sai à procura de cadáveres, com os quais tem relações sexuais a fim de devolver-lhes a vida – não como zumbis, mas como verdadeiros ressuscitados foi excluído do Festival Internacional de Cinema de Melbourne 2010. O anúncio foi feito após o filme ter sido oficialmente seleccionado pelo festival e anunciado no seu catálogo. É o primeiro filme a ser banido do festival pelo comité de avaliação em sete anos. O último havia sido Ken Park, de Larry Clark.
L. A. Zombie estreará no circuito internacional como concorrente no Festival Internacional de Cinema de Locarno. Também foi selecionado para exibição no Festival Internacional de Toronto, marcando também sua estréia na América do Norte. O filme é uma espécie de sequência do filme anterior de LaBruce, Otto; ou, Vivam os mortos, que estreou nos festivais de Sundance e de Berlim em 2008 e foi exibido em mais de 150 festivais, incluindo o Festival Internacional de Cinema de Melbourne [N.R.: e no Festival Mix Brasil em São Paulo].
Curiosamente, a versão de L. A. Zombie banida pelo Comitê Australiano de Classificação de Filmes é a versão softcore, na qual não há penetração anal explícita
Sem comentários:
Enviar um comentário