01/02/2011

A bicicleta está passar por uma transformação high-tech

Andar de bicicleta ou navegar na internet, o novo dilema.

Lembra-se da primeira vez que andou de bicicleta?.

Lembra-se da primeira vez que se conectou com o seu computador na internet?.

Hoje, segundo uma pesquisa da AVG feita com crianças de 2 a 5 anos, a segunda artimanha parece ser mais conhecida do que a primeira.

O excesso tecnológico constatou números perigosos: 58% das crianças de 2 a 5 anos – já sabem jogar no PC, mas só 20% delas sabem nadar, 52% andam de bicicleta, 69% delas sabe de cor como usar e abusar do mouse e já mexem num computador.


Quem me segue sabe que sou um apaixonado por musica, comboios, e bicicletas. Esta noticia vinha publicada no Gyzmodo.com.br .

A bicicleta comum está fadada a passar por uma transformação high-tech.

Três inovações notáveis estão transformando as mecânicas da bicicleta comuns. De facto, estas novas tecnologias podem ser os desenvolvimentos mais significativos na engenharia das bikes desde o próprio surgimento da bicicleta moderna (que substituiu aquela que tinha uma roda muito maior que a outra) no fim do século 19.

1 - Sistema de mudanças electrónico

Dada a penetração da electrónica em todos os aspectos das nossas vidas, o surgimento de uma mudança electrónica não é nenhuma surpresa. E funciona assim: em vez de usar uma alavanca mecânica de troca de marcha, um botão envia um sinal ao desviador e activa um pequeno motor que providencia uma troca de marcha rápida e confiável. Um servomecanismo ajusta as posições dos desviadores dianteiro e traseiro para que fiquem alinhados da melhor forma possível, produzindo a maior eficiência na transferência de energia. A mudança electrónica pode vir em versão com fios, onde o sinal de troca de marcha é transmitido por cabos, ou wireless, fazendo uso de várias frequências. As desvantagens são mínimas. A mais óbvia é que se a sua bateria acabar, você está mais ou menos ferrado. Mas a Shimano estima que a bateria de 7.4 volts na sua linha Dura-Ace Di2 de câmbios dure mais de 1000km por carga.

A outra desvantagem é o preço. O sistema Di2 custa US$ 2.500, e ainda deve demorar uns dois anos para esta tecnologia se tornar mais acessível. Ainda assim, alguns ciclistas já estão usando mudanças electrónicas hoje em dia: George Hincapie correu numa Trek Madone com câmbio electrónico no Tour de France 2009, e a Trek já disponibiliza suportes para bateria e roteamento de cabos nos seus quadros de corrida Madone. A Campagnolo lançará o seu kit de câmbio electrónico em 2011.

2- Esteiras em vez de correntes.

A tradicional corrente que chamamos de correia é um dos pontos fracos de qualquer bike. Uma grande força aplicada sobre um segmento de corrente produz uma desgaste naquele segmento. Com o tempo, os segmentos quebram, e quando isso acontece, você se dá mal. A falha é antecipada pela sujeira e resíduos acumulados por causa da muito necessária lubrificação. A constante troca de marchas também é um grande desgaste.

Aí que entra a esteira, que aumenta a eficiência das engrenagens da bicicleta, ao mesmo tempo em que aumenta a sua durabilidade. Em seu núcleo, é um tecnologia simples, e não muito diferente de uma esteira de transporte. Uma peça única de borracha ou plástico se move ao redor de duas rodas dentadas. Além de aumentar a eficiência energética, a correia não precisa ser lubrificada, por não possuir partes móveis. Pela mesma razão, é improvável que quebre.

Mas e aí, estamos perto de ver essas correias nas nossas bicicletas? Perto o suficiente para a Trek já ter construído o protótipo da imagem acima. A única real desvantagem, além da disponibilidade ainda muito baixa, é que a bicicleta precisa ter um quadro especialmente preparado para um sistema de esteira, já que não é possível retirar e colocar.

Espere ver bicicletas assim em produção em massa ainda no fim deste ano. É uma mudança ideal para o ciclismo urbano.

3 - TCV: Transmissão Continuamente Variável

O maior salto no design de bicicletas vem de uma oficina de pesquisa e desenvolvimento em San Diego chamada Fallbrook Technologies. A sua inovação é a transmissão NuVinci, uma versão para duas rodas de uma das TCVs (Transmissão Continuamente Variável) que já vêm dando mais eficiência a automóveis híbridos.

Em uma bicicleta tradicional, você precisa trocar de marchas dentro de um conjunto limitado de, digamos, 10 ou 18 marchas. Com uma transmissão NuVinci, esse cubo traseiro usa um set de bolas rolantes entre os componentes de entrada e saída da transmissão. Inclinando as bolas, você varia o ângulo de contacto delas e com isso a relação de transmissão. Ganha-se uma infinita variedade de proporções de marcha – dentro de um intervalo específico, claro – para combinar perfeitamente a sua energia com a inclinação do terreno.

As TCVs usam bolas que rotacionam e se inclinam posicionadas entre os componentes de entrada e saída de um sistema de marchas. Este arranjo varia progressivamente a velocidade da transmissão, proporcionando opções de marchas lineares e essencialmente infinitas. Comparada com um sistema de engrenagens planas, você também ganha em eficiência, já que não há perda de energia durante uma troca.

A Ellsworth apresenta a bicicleta motorizada ‘The Ride’ com o sistema de transmissão NuVinci CVP, que foi inventado pelo génio Leonardo da Vinci há mais de 500 anos atrás.

- publicada no Gyzmodo.com.br

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