Esta noite fui ver á Casa da Musica uma actuação melada, que ficou aquém dos Mão Morta, não deslumbraram, pelo contrario. Os Mão Morta já tocavam, enquanto, do lado de fora da sala 2, uma pequena multidão procurava entrar. A lotação esgotada ordenava que não entrasse mais ninguém, mas com tanta insatisfação lá conseguimos, depois de alguns momentos de tensão, vencer a barreira da segurança. Foi portanto, uma sala à pinha.
Mas de Campo de Ourique, os Pop dell Arte com o seu rock directo, e alguns desvios, pelo mediterraneo, e pop de cabaret, João Peste, quase sempre sentado, de ramos de flores na mão, camisa, gravata aberta, como um romântico vadio, mantém intacta a plasticidade que empresta às palavras (ou sons) como um “crooner” dadaísta. Canções, que vão do delicioso absurdismo de “Poppa mundi”, à pop de “My Funny Ana Lana”, até “O Amor É... Um Gajo Estranho”, feita quase só do baixo repetitivo de José Pedro Moura (o outro membro da formação original dos Pop Dell'Arte é Paulo Monteiro (guitarra,desde 1993), acompanhado por Eduardo Vinhas (sintetizadores) e Nuno Castedo (bateria) ), e Querelle fizeram uma performance á Pop dell Arte. Gostei muito.
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