Morreu uma das minhas artistas, escultoras preferidas.
A artista plástica franco-americana Louise Bourgeois, conhecida pelas suas esculturas abstractas, morreu nesta segunda-feira em Nova Iorque, com 98 anos de idade.
Aranhas, falos de metal e látex, esfinges cobertas de seios, madeiras velhas de décadas e mármores acabados de polir, tecidos cozidos e recozidos, pequenos desenhos a vermelho, como sangue, roupas antigas (às vezes as dela, de criança), presenças disformes, por vezes grotescas, narrativas a aflorar o macabro.
A artista francesa era muito conhecida por seus trabalhos abstractos e surrealistas, especialmente pelas suas esculturas e desenhos, como a gigantesca aranha em bronze, com cerca de nove metros de altura, intitulada “Mamam”.
A aranha, que pôde ser vista em várias cidades do mundo, representava a mãe de Louise Bourgeois.
Nascida em Paris, a artista plástica chegou a Nova Iorque no final dos anos 30, onde continuou a estudar arte.
A sexualidade, o corpo humano e a agressividade eram algumas das marcas do trabalho que desenvolveu ao longo de décadas.
O Centro Georges Pompidou recebeu em 2008 a exposição da pintora e escultora , estiveram expostas mais de 200 pinturas, esculturas e gravuras feitas entre 1938 e 2007, entre elas algumas das aranhas pelas quais Bourgeois é famosa ( "Mamam", já decorou tanto o Museu do Louvre em Paris quanto a galeria Tate Modern, em Londres).
Outra das obras em destaque é "Arch of Hysteria", uma escultura em bronze que mostra um corpo contorcido em forma de arco pendurado por uma corda.
Nascida em 1911 em Paris, Louise Bourgeois costumava se inspirar em episódios da sua infância para fazer as obras, marcadamente a relação entre os seus pais, que mantinham um relacionamento infiel mas que se recusavam a admiti-lo.
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