O alter-ego masculino Fenway Bergamot encarnado por Laurie em seu próximo disco.
Laurie já lançou 7 LPs, colaborou com gente como Brian Eno, Peter Gabriel e Lou Reed (com quem é casada) e tornou-se numa das artistas performances mais requisitadas do mundo, com apresentações recorrentes nos maiores festivais do género."Life on a String", o último disco de estúdio foi lançado pela artista de 62 anos em 2001.
O novo álbum - com data de lançamento prevista para 15 de Junho - foi buscar o nome, "Homeland", ao espectáculo que a performer levou, há três anos, a cidades como Roma, Praga, Madrid, Lisboa e Braga. Entretanto, a artista já anunciou que vai dar alguns espectáculos este ano e também que vai lançar um livro de contos em 2011.
Quase uma década depois, Laurie Anderson voltou aos estúdios e prepara-se para lançar "Homeland". Não se trata de um regresso à produção artística porque, durante a primeira década do século XXI, a performer norte-americana desdobrou-se em inúmeros projectos tão distintos como a narração de "Andy Warhol: A Documentary Film" ou colaborações nas cerimónias dos Jogos Olímpicos de Atenas (em 2004) e, no princípio deste ano, dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Vancouver.
O novo álbum combina elaboradas componentes multimédia, música, poesia e um olhar sobre as obsessões americanas como os excessos tecnológicos da sociedade de informação, os meios de comunicação, a cultura da vigilância e o meio ambiente, relação entre o medo e a liberdade, a adopção crescente da violência e a aceitação de uma linguagem de guerra.
Homeland promete ser o trabalho mais bem acabado musicalmente de Laurie. No álbum, ela toca violino, instrumentos de percussão e teclados, além de cantar e versar como lhe é de costume. Voltam neste disco também os temas "americanizados" que já pautaram grande parte do trabalho de Anderson. Críticas mordazes ao american way of live, aproximam o seu trabalho de outros grandes artistas como Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Andy Warhol.
Entretanto, e tal como adianta a revista "The New Yorker", Anderson acrescentou temas como o colapso económico, a religião e o muito oportuno sistema de saúde norte-americano.
Para a acompanhar neste regresso, contará com a colaboração de gente como o inglês Kieran Hebden (mais conhecido por Four Tet) gravou teclados para o álbum, Antony Hegarty, que ganhou notoriedade nos últimos anos ao emprestar o seu timbre de voz ao projecto Hercules & Love Affair, canta no disco. O baterista Omar Hakim e o saxofonista John Zorn e... Lou Reed, também colaboram na paisagem sonora. O marido de Laurie Anderson é, aliás, o produtor juntamente com Roma Baran.
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