A internet é hoje em dia o reflexo daquilo que somos para o bem e para o mal. Eu criei este blogue com o objectivo de falar sobre a cultura pop - musica, cinema, livros, fotografia, dança... porque gosto de partilhar a minha paixão, o meu conhecimento a todos. O meu amor pela música é intenso, bem como a minha curiosidade pelo novo. Como não sou um expert em nada, sei um pouco de tudo, e um pouco de nada, o gosto ultrapassa as minhas dificuldades. Todos morremos sem saber para que nascemos.
18/10/2009
WIRE- as farpas nos Clash, The Jam, The Cure, PIL.....
‘Não tínhamos nada em comum com os Sex Pistols’, diz o vocalista dos Wire
Banda solta farpas contra bandas britânicas do punk e pós-punk.
‘Víamos o Sid Vicious entrando no bar e dizíamos ‘ah, não’’ contam.
A quem se refere Lewis quando diz que os Wire estavam "dois anos à frente do que todo mundo"? Ele fala de muitos dos seus badalados colegas do tal boom punk musical dos anos 1970 para o 1980. "Quem eram as grandes bandas? Você que tem que me dizer", desafia o baixista quando indagado sobre os astros da época, muitos deles mais famosos que os Wire. "Sou céptico quanto a isso", continua. "A cena punk era incrivelmente competitiva e muita gente que estava dentro dela com certeza não queria que alguém de fora entrasse. E nós não queríamos entrar, então tudo bem".
Aproveitando a deixa, após pouparem parcialmente os Buzzcocks e Siouxsie and the Banshees e prestarem reverências a outros heróis americanos surgidos antes dos Wire (Modern Lovers, Patti Smith, Television e Pere Ubu, os quais Lewis celebra por "não terem problemas em ser 'artísticos'"), ele e Newman soltam o verbo sobre os grupos ingleses com quem trombavam nos bastidores.
Sex Pistols (Lewis): "Quando falamos do que ocorria em Londres naquela época, a pergunta era 'você realmente quer andar com aquela gente do [empresário dos Sex Pistols e agitador cultural] Malcolm McLaren?'. Não! Não tínhamos nada em comum com eles. Odiávamos aquilo de ter que ser 'esperto demais para ser idiota'. Do que se tratava aquilo? Víamos Sid Vicious entrando no pub em que costumávamos ir, dizíamos ‘ah não...’. Ele queria só chamar atenção".
Clash (Lewis): "Eles eram uma banda de rhythm and blues, basicamente. Eu vi o Joe Strummer com [seu grupo anterior] The 101'ers. Era um grupo de R&B. E quando eles começaram com os Clash, ele mal poderia esperar para voltar a fazer o que já fazia antes!".
The Jam (Newman): "Eu os vi no começo, quando eram uma banda de covers. Acredite em mim, eles eram sem graça. E não melhoraram (risos)".
Cure (Newman): "o Robert Smith sempre disse que os Cure devem muito aos Wire, e eu realmente, de verdade, odeio os The Cure. Só 'A forest' [música dos The Cure] é muito boa".
Cure: (Lewis): "a melhor frase do Robert Smith é 'se o Wire algum dia voltar, não haverá razão para o Cure existir'. Hahaha!".
Gang of Four, PIL e Magazine (Newman): "Provavelmente os Gang of Four tenham sido mais influentes que nós. Mas eles não fizeram nada desde 'Damaged goods' [EP de 1978], e nós sim. Esta é a diferença principal entre nós e não só eles, mas outros grupos da nossa geração musical.
Os PIL, e os Magazine... eles todos estão na fase 'comeback', e tocando o que tocavam na época. Nós nos mantivemos criando novas coisas. Quando falam dos Wire, não falam 'eles estão voltando'. Somos ao mesmo tempo uma banda clássica e uma banda contemporânea. E é isso o que queremos ser. Se você quiser matar os Wire, peça para que caiamos na estrada tocando 'Pink flag' na íntegra".
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1 comentário:
Nice band!
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