A internet é hoje em dia o reflexo daquilo que somos para o bem e para o mal. Eu criei este blogue com o objectivo de falar sobre a cultura pop - musica, cinema, livros, fotografia, dança... porque gosto de partilhar a minha paixão, o meu conhecimento a todos. O meu amor pela música é intenso, bem como a minha curiosidade pelo novo. Como não sou um expert em nada, sei um pouco de tudo, e um pouco de nada, o gosto ultrapassa as minhas dificuldades. Todos morremos sem saber para que nascemos.
05/09/2009
Matthew Herbert
Matthew Herbert é um músico britânico de 37 anos, bastante influente, versátil e aclamado no panorama das novas tendencias.
Da enorme discografia do produtor e DJ, inclui musica para filmes, televisão, companhias de dança, Matthew Herbert Remixes(the Kenny Clarke big band,Quincy Jones with Bill Cosby, Arto Lindsay, the Rakes, Cibelle), entre outros. É responsável por produzir alguns dos mais impressionantes discos de vanguarda no mundo da música electrónica de dança desde o início dos anos 90, e conhecido pelos seus sete alter egos das suas produções- MATTHEW HERBERT, DOCTOR ROCKIT, WISHMOUNTAIN, RADIO BOY,e THE MATTHEW HERBERT BIG BAND, formação que passou recentemente na Casa da Musica, no Porto.
Não é preciso ser um génio para compreender que a fonte dessa magia deriva da formação clássica de Herbert na disciplina de jazz desde a tenra idade de quatro anos, uma prática que ainda continua. Como um mestre violinista e pianista, Herbert possui uma sólida compreensão da escrita da canção clássica.
O mais recente projecto de Herbert tem como protagonista um porco. O álbum conceptual, intitulado "One Pig", deverá demorar um ano a fazer, "vai ser elaborado inteiramente com sons feitos durante o ciclo da vida de um porco", lê-se no blogue do músico. E é por isso que a duração do álbum depende da longevidade do animal.
"Estarei lá no seu nascimento. Durante a sua vida. Presente na sua morte. E durante o processo de desmanche. O seu corpo será então dado a cozinheiros novos e velhos. Haverá um banquete e provavelmente um par de sapatos e uma bateria provenientes da pele. E uma escova de dentes dos seus pêlos. E tinta do seu sangue. Tudo isso será gravado. E depois convertido em música".
Esta não é a primeira vez que Herbert se aventura pelo mundo da "música concreta", um novo conceito da música electrónica que surgiu em França no final da década de 1940. Foi iniciado por Pierre Schaffer e baseia-se na edição de áudio juntamente com fragmentos de sons naturais e/ou industriais, incluindo sons de ambiente e instrumentos musicais.
Matthew Herbert lançou, em 1998, o seu primeiro álbum conceptual, "Around The House". Misturou as batidas de dança com sons captados a partir de objectos de cozinha e, sobre eles, colocou a voz da cantora de jazz Dani Siciliano. A partir de então rodeou-se de artistas reconhecidos, como Moloko, Motorbass e Alter Ego, entre outros.
Em 2001, lançou outro álbum em torno de um conceito, "Bodily Functions",(eu tenho o album ) desta vez construído a partir de sons de tecidos humanos, cabelos e órgãos internos.Electro-acústico com mentalidade jazz. A utilização magistral de instrumentos clássicos, incluindo piano, cordas e baixo acústico cria um album irresistível por muito tempo e com a colaboração da vocalista Dani Siciliano a pintar as suas melodias jazzy.
Agora, prepara-se para lançar um álbum intitulado "One Club", que deverá sair em meados de 2010. Será gravado duma só assentada, em circunstâncias que não são surpreendentes, dado o historial do músico: um clube em Frankfurt, chamado Robert Johnson Club, no dia 30 de Setembro. Entre as oito e as dez da noite, todos são convidados para marcar presença e, de preferência, produzir sons. No local estarão distribuídos vários microfones (dentro e fora do clube, casas de banho incluídas) com o objectivo de captar a maior diversidade de sons possível.
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