18/09/2009

Burnt Friedman e Jaki Liebezeit

Tanto a solo, como nos outros projectos venho desde o inicio das suas colaborações,(tenho os CDs) acompanhando os seus trabalhos discográficos. De regresso à música, Burnt Friedman & Jaki Liebezeit apresentam «Secret Rhythms» a 22 de Setembro, às 22:00 horas, trazendo sonoridades de dub sintético e tribalismo. Foi como baterista dos Can que Jaki Liebezeit ganhou toda a notoriedade que hoje exibe. Baterista durante as várias encarnações da banda, fora dos Can não voltou a ter reconhecimento e a fama que merecia - nem os seus projectos Phantomband ou Club Off Chaos tiveram a qualidade necessária e ou o devido reconhecimento. Com Burnt Friedman e os álbums Secret Rhythms é que a sua carreira encontra o público e a crítica, após o lançamento do primeiro volume, em 2002 - o ano em que os vi ao vivo na Bienal da Maia, próximo do Porto, um dos grandes concertos ainda me recordo muito bem, tenho o bilhete assinado). Burnt Friedman é um dos mais expansivos músicos electrónicos das duas últimas décadas, sempre aberto a influências e estilos exteriores. Depois de marcantes projectos durante os anos 90 (Drome ou Nonplace Urban Field, por exemplo), Friedman estendeu a sua influência a diferentes músicos e projectos: com Jaki Liebezeit formou o duo que nos visita no dia 22 de Setembro - que pena não voltarem ao Porto. Com Uwe Schimdt formou os Flanger para recriarem uma ideia pessoal de jazz e electrónica; com David Sylvian e Steve Jansen tem os Nine Horses, onde se aventura com canções; com os Nu Dub Players deu azo a um amor muito pessoal pelo reggae, dub jazzy. Actualmente é de saudar programação do Teatro Maria Matos, que se vem concentrando na criação contemporânea, abrindo as portas à experimentação de novas formas e propostas,estendendo a sua actividade a todas as artes do palco – teatro, dança e música. O jornalista Vítor Belanciano do jornal Publico vai orientar as sessões Super Disco a 19 de Setembro, às 18.30, convidando o público a participar trazendo discos de vinil e partilhando o que sabem sobre eles e o que sentem ao ouvi-lo (sem limite de género) É o que tem faltado a Matosinhos, uma programação com esta diversidade cultural, visto ter sido inaugurado este ano o Teatro Constantino Nery - já há o espaço, o que falta? Serem menos elitistas.....

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