29/12/2008

LOU REED- VENUS IN FURS

Lou Reed era compositor de aluguer de uma gravadora de fundo de quintal e estudante de literatura, John Cale vinha da música de vanguarda e teve aulas com John Cage e depois formou o grupo Dream Syndicate, com La Monte Young. Os Primitives, uma banda que só existia em estúdio, começariam com a entrada de Cale e de um amigo de Lou na segunda guitarra, o grandalhão Sterling Morrison, e o percussionista Angus MacLise. Trocaram de nomes algumas vezes (The Warlocks, The Falling Spikes) e fizeram alguns shows promovidos pela rádio e tocaram para adolescentes que berravam pelo simples facto de estarem a ver uma banda de rock ao vivo. Antes de chegar à maioridade, Lou Reed, foi submetido a tratamentos de choque, uma vez que os seus pais queriam reprimir suas tendências homossexuais. MacLise saiu da banda e Morrison chamou a irmã de um amigo para assumir a bateria. Maureen "Mo" Tucker logo daria sua contribuição crucial para a banda, além do ritmo preciso e constante tocava de pé o seu kit de tambores e pratos, para acompanhar o ruído da banda, começou a ter latas de lixo incluídas. Logo Lou Reed começou a compor músicas com temas menos apropriados para as rádios, como drogas pesadas e sexo sadomasoquismo. Este último tema havia sido tirado da capa do livro que batizaria a banda com seu nome definitivo. The Velvet Underground era um livro pornô vagabundo, mas sua capa cheia de chicotes, botas e couro, além da palavra "underground" (em voga devido à ascensão da cena de cineastas experimentais nos EUA na década de 50, do chamado cinema underground) no título deram um clique na cabeça de Reed. Venus in Furs é inspirado no livro homónimo de Leopold Von Sacher-Masoch, publicação que está na génese do conceito sado-masoquismo. Descrevia situações clássicas de relações sexuais que uniam dor e prazer, esta canção escrita por Lou Reed ,conta-nos a história de Severin o alter-ego literário de Masoch, e a forma como em tenra idade construimos o simbolismo sexual do prazer atarvés do sofrimento apartir das sevicias de uma tia que tratava com peles... Andy Warhol e os Velvet Underground foram feitos um para o outro. A banda caiu nos braços do artista, que brincava de ser empresário de banda de rock pela primeira vez e transformou o show da banda em num espectáculo com a sua assinatura. O show dos Velvet logo se transformaria num espectáculo multimédia chamado Andy Warhol Uptight!. Sobre o grupo, rolavam projeções de filmes de Warhol e Morrissey, enquanto Danny Williams cuidava do sistema de iluminação, Nat Finkelstein tirava fotos dos espectadores sem se anunciar e Bárbara Rubin filmava o público e fazia perguntas constrangedoras para registrar reações tortas.

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