01/09/2008

JUAN RULFO

Um dos meus escritores preferidos é sem dúvida Juan Rulfo. Borges dedicou-lhe um capítulo inteiro na sua Biblioteca Pessoal; Gabriel García Márquez, num texto célebre, escreveu que a leitura deste autor influenciou de forma decisiva o rumo da sua escrita; Carlos Fuentes, Julio Cortázar, Alvaro Mutis, entre outros, rasgaram-lhe inúmeros elogios. Juan Rulfo nasceu em Apulco, pequena localidade do estado de Jalisco (México), em 1917. Perdeu o seu pai e sua mãe muito cedo e passou a sua infância num orfanato em Guadalajara. Em 1934 muda-se para a cidade do México e começa a escrever os seus trabalhos literários e a colaborar na revista "América". Em 1953 publica "El llano en llamas", situando-o num dos lugares mais destacados da literatura mexicana contemporânea, e em 1955 publica a novela "Pedro Páramo", que significou a sua consagração como um dos autores de maior relevo da literatura universal. Desta última obra escreveu Jorge Luis Borges: "Pedro Páramo es una de las mejores novelas de las literaturas de lengua hispánica, y aun de toda la literatura.” Juan Rulfo foi um dos grandes escritores latino-americanos do Século XX e nas suas obras apresenta-se uma combinação de realidade e fantasia, cuja acção se desenrola em cenários sul-americanos, e as suas personagens representam e reflectem o típico do lugar, com as suas grandes problemáticas socio-culturais entrelaçadas com o mundo fantástico. Muitos dos seus textos têm sido base de produções cinematográficas. A partir de 1946 o autor dedicou-se também à fotografia, médium com o qual realizou notáveis composições. Em 1947 casou-se com Clara Aparicio, com a qual teve quatro filhos. Foi um incansável viajante e participou em vários congressos e encontros internacionais, e obteve prémios como o Prémio Nacional de Literatura no México em 1970 e o Prémio Príncipe de Astúrias em Espanha em 1983. Faleceu no México em 1986.

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