https://www.publico.pt/2017/11/10/culturaipsilon/critica/a-sedutora-coreia-intergeracional-1791664
Imagens de um road-movie em silêncio com paisagens rurais percorre o fundo de Dancing Grandmothers, enquanto o público se instala. Ainda em silêncio, mas já com uma tela branca de fundo, Eun-Me Ahn, a coreógrafa coreana dita rebelde, de cabelo rapado (quando as mulheres coreanas são culturalmente incentivadas a manter os cabelos longos), e vestida em coloridos trajes tradicionais coreanos faz uma entrada subtil desenhando no espaço delicados e lentos movimentos, reminiscentes de uma fusão entre as danças tradicionais coreanas e o Butoh. Após este breve e gracioso início segue-se um quadro cénico contrastante que constitui a primeira parte da peça: música electrónica, desenho de luz pop, figurinos coloridos, com padrões diversificados, renovados à medida que os nove bailarinos entram e saem em palco em movimento contínuo, com gestos simples e fluídos, no que se assemelha ser uma abstracção da dança tradicional coreana ou, pelo que observaremos depois, a incorporação pelos intérpretes do movimento dançado de mulheres idosas coreanas.
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