24/01/2017

R.I.P. JAKI LIEBZEIT DOS CAN

Morreu Jaki Liebezeit, a força motriz dos Can, um dos grupos do krautrock original, o antigo baterista dos Can e colaborador de artistas como os Depeche Mode e Brian Eno. O músico tinha 78 anos e não resistiu a uma pneumonia.

Eu mais uma vez estive no local certo e na hora exacta. FOI INESQUECIVEL. BOA RECORDAÇÃO. Vi ao vivo e (tenho a ssinatura dele no meu bilhete) Burnt (ou Bernd…) Friedmann e Jaki Liebezeit, actuaram juntos na Bienal da Maia, em 2001.
 Zona Industrial, sector x, na antiga fábrica Fimai- Bilhetes a 1000$00.

Na primeira parte do concerto da Maia, actuam os Pluramon, de Markus Schmickler, que na 5ª feira tocará a solo no bar Aniki-Bobó, no Porto, estando o fecho da noite entregue ao djing de George Odjik, da editora a-musik. Na linha mais vanguardista e electrónica do pós-rock alemão, os Pluramon editaram em 1998 o álbum “Render Bandits”, objecto de revisitação, no ano passado, em “Bit Sand Riders”, com remisturas de Mogwai, Hecker, Atom Heart, High Llamas, Lee Ranaldo, Matmos, SND, FX Randomiz e Merzbow.

No passado mês de outubro, Liebezeit esteve em Portugal para uma atuação no Out.Fest, festival barreirense dedicado à música exploratória, onde se fez acompanhar por Hans-Joachim Irmler, elemento fundador dos também alemães Faust.

No próximo mês de abril, Liebezeit iria participar numa mini-reunião dos Can, subindo a palco com o antigo vocalista da banda, Malcolm Mooney, e com o teclista Irmin Schmidt, para um concerto com o título "The Can Project". Não se sabe, para já, se o mesmo será cancelado devido à sua morte.

Sobre Jaki Liebezeit, 53 anos, a história do rock já se pronunciou. Sem a sua batida, simultaneamente tribal e metronómica, a música dos Can (e da sua banda, os Phantom Band) ter-se-ia diluído no caos. Ele foi um dos bateristas que deu rosto humano à “motorika”, ritmo militarista, repetitivo e monocórdico que caracterizou bandas do krautrock como os Neu!, La Düsseldorf e Harmonia. Com Jaki Liebezeit o instinto encontrou a segurança numa fórmula matemática./Fernando Magalhães

Friedmann mantém estreitas relações com a electrónica, desdobrando-se por projectos como Nonplace Urban Field (nos álbuns “Nuf Said” e “Raum fur Motizen”, entre outros), Some More Crime (“Code Opera”), Drome (“Dromed”, “The Final Colonization of the Unconscious””) e Flanger, esta última ao lado de Uwe Schmidt (Atom Heart), “Templates”, foi unanimemente aclamado pela crítica./Fernando Magalhães.

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