Kim Fowley (21 de julho de 1939- 15 de janeiro de 2015 (75 anos))
A solo, ou na sombra a lançar grupos como as Runaways, o americano Kim Fowley marcou a história do rock das últimas décadas.
O produtor e empresário do grupo Runaways de Joan Jett, um dos compositores de “Cherry Bomb”, e de músicas para Kiss e Alice Cooper enfrentava um cancro.
Fowley tem esculpida uma corrida aparentemente interminável de produção de composição e contribuições: Frank Zappa, Paul Revere e os Raiders, Leon Russell, Kiss, Helen Reddy, The Runaways, Bachman-Turner Overdrive, e um estádio cheio de luzes menores e totais desconhecidos. E o sucesso internacional como artista a solo.
Há uma chance de que no momento em que você ler esta entrevista com o lendário produtor / compositor / cineasta / ator Kim Fowley, Kim Fowley esteja morto.
Mas não tome nossa palavra para ele. Dizia Kim.
“In two weeks I’m going in to have bladder cancer surgery, and there’s a good chance that I might die. Part of me hopes I do die. I could care less. Man, I’ve had cancer four times in my life, pneumonia nine times and polio twice. I would say that I’m due. If I die, it will be somebody else’s turn to be kicked around and disliked.”
If this truly turns out to be the 72-year-old’s last hurrah, nobody will argue that he didn’t leave quite a legacy. Beginning with the likes of Nut Rocker by B Bumble & The Stingers and Alley Oop by The Hollywood Argyles in the 1960s
Fowley escreveu a letra para a canção "Portobello Road", lado b do primeiro single de Cat Stevens "I Love My Dog". Produziu também uma banda derivada dos Them e liderada pelos seus dois ex-membros Pat e Jackie McAuley (que no Reino Unido, por imperativos legais, se chamavam 'Other Them', mas que no continente europeu se continuavam a chamar Them, tendo lançado um álbum intitulado “Them Belfast Gypsies” e o single "Let's Freak Out" sob a designação de Freaks of Nature), bem como uma encarnação primitiva dos Slade, conhecida como The N'Betweens.
Trabalhou ainda com os Soft Machine, de quem produziu “Love Makes Sweet Music”, o seu primeiro single, e com os Lancasters, um grupo de rock instrumental onde pontificava um imberbe Ritchie Blackmore.
Kim Fowley na década de 1960 também foi artista em nome próprio, tendo editado o seu primeiro álbum, “Love Is Alive and Well”, em 1967. Mas antes, em 1965, escreveu e produziu uma música sobre a experiência psicadélica, "The Trip", que saiu como single.
Mais tarde surgiu como apresentador no primeiro álbum dos Mothers of Invention de Frank Zappa, “Freak Out!”. Outros singles de Fowley como artista solo incluem "Animal Man", retirado do seu álbum de 1968 “Outrageous”. Todos os seus discos como artista viraram obras de culto, com constantes reedições e edições piratas.
Em 1969 Kim Fowley produziu o álbum “I'm Back and I'm Proud” de Gene Vincent e co-escreveu o tema-título para o primeiro álbum solo de Warren Zevon, “Wanted Dead or Alive”. Kim Fowley colaborou ainda com o seu amigo Skip Battin num grande número de canções, durante a passagem deste pelos The Byrds como baixista, tendo algumas aparecido no álbum de 1970, “Untitled”, e nos LP de 1971, “Byrdmaniax” e “Farther Along”, com "America's Great National Pastime", deste último, a ser lançada como single.
Em 1973 Kim Fowley produziu as gravações das músicas "At the Hop", "Louie Louie" e "She’s So Fine", dos Flash Cadillac & The Continental Kids, para o filme “American Graffiti”. Também co-escreveu canções para os Kiss, Helen Reddy, Alice Cooper, Leon Russell e Kris Kristofferson.
Gravou ainda com Jonathan Richman & The Modern Lovers, tendo essas gravações sido editadas em 1981 como “The Original Modern Lovers”; os temas produzidos por Kim Fowley não foram incluídos na versão original do álbum “The Modern Lovers”, mas alguns foram incluídos nas suas posteriores reedições em CD.
Em 1974 Kim Fowley colocou um anúncio no fanzine local “Who Put the Bomp”, à procura de artistas do sexo feminino. Queria formar um grupo feminino, que ele pudesse produzir e que interpretasse as suas canções, mas ninguém respondeu ao anúncio.
Em 1975 conheceu a guitarrista adolescente Joan Jett, que ambicionava formar uma banda só de raparigas. E menos de duas semanas mais tarde cruzou-se com a baterista Sandy West, de 15 anos de idade, no exterior do Rainbow Bar and Grill em Hollywood, na Califórnia, que lhe contou da sua vontade em formar uma banda feminina depois de ter tocado em vários grupos só com rapazes.
Este encontro levou Kim Fowley a dar a West o número de telefone de Joan Jett. As duas conheceram-se e na semana seguinte já estavam a tocar juntas na casa de West. Muito pouco tempo depois Fowley recrutou Lita Ford, Cherie Currie e Jackie Fox - ficaram assim formadas as The Runaways.
Apesar de Kim Fowley ter produzido alguns dos seus álbuns e de ter contribuído com letras para músicas, foi a banda a principal responsável pela criação da sua música. O grupo cortou os laços com Fowley em 1977.
Com o apoio do advogado David Chatfield, Kim Fowley gravou o primeiro álbum dos Steel Breeze nos Rusk Studios, em Hollywood, e arranjou-lhes o contrato de gravação com a RCA. Casey Kasem, na edição de 12 de março de 1983 do American Top 40, conta que Fowley descobriu os Steel Breeze quando ouvia as gravações de cerca de 1200 demos que iam ser destruídas pelo clube noturno de Hollywood “Madam Wongs”.
Chatfield e Fowley voaram para Sacramento e assinaram com a banda depois do executivo da Chrysalis Records, Tom Trumbo, ter dito a David Chatfield que andava à procura de uma banda tipo Journey.
Chatfield saiu do escritório de Trumbo e foi para casa de Fowley, onde este pôs a tocar a demo dos Steel Breeze "You Don't Want Me Anymore" que ambos sabiam ir ser um sucesso.
Foi o primeiro single do álbum homónimo da banda, que rapidamente saltou para o Top 20 na Billboard Hot 100, suportado por um vídeo que foi um dos favoritos nos inícios da MTV, tendo alcançado o 16º lugar. O single seguinte, "Dreamin' Is Easy", também chegou ao Top 40.
Sem comentários:
Enviar um comentário