Victor Torpedo com uma guitarra nos braços, dos concertos que nos
fazem crer de novo, para sempre, na energia eléctrica reparadora do
rock’n’roll (outrora nos Tédio Boys e 77, agora nos regressados
Parkinsons e Tiguana Bibles).
O que muitos não saberão é que Victor trilha um outro percurso, o de
artista plástico, em parceria com o artista suíço Jay Rechsteiner.
Victor é Sardine, Jay é Tobleroni, juntos são Sardine &
Tobleroni, a trabalhar desde 2006. “Ele vem da escola [de artes], eu
venho do lado oposto. Há algumas coisas que ele aprende comigo e outras
que eu aprendo com ele”, diz Torpedo. Em 2008, fizeram “Espelho Meu”,
uma história do rock português em quadros. Correu tão bem que quiseram
avançar para outra.
Nasceu We Love 77, que já passou por Londres, onde mereceu “hype” na imprensa e duas mil visitas, e chega ao Centro de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), a cidade de Torpedo, onde fica até 29 de Outubro.
São 77 quadros pintados a duas mãos (Victor pinta a parte direita, Jay a esquerda), 77 retratos de personagens fundamentais da história do punk, das raízes (Sonics, Seeds) à explosão de 1977 (Ramones, Sex Pistols) e aventuras pós-punk (Wire, Joy Division), sem esquecer gente como os Descendents e os Rancid.
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