18/05/2013

CANNES 2013 - JIA ZHANG-Ke- O RUOBO DAS JOIAS

 As atribulações do festyival de cannes 2013. A ficção imitou a realidade, que imitou a ficção.

A 66ª edição do Festival de Cannes fica marcada por um assalto e pelo disparo de tiros.

Cannes: roubo de joias no cinema e na vida real. Podia ser o argumento de um filme mas neste caso a realidade imitou o cinema. Ao segundo dia do Festival de Cannes, um grupo de assaltantes roubou 780 mil euros em jóias.

Garantido que a Palma de Ouro não foi roubada.

No dia em que «The Bling Ring» foi exibido no festival, ladrões levaram joias do cofre de um quarto de hotel do Novotel, na cidade francesa, no valor de um milhão de dólares.

 O novo filme de Sofia Coppola surge baseado numa história verídica de um grupo de jovens que roubava artigos de luxo (incluindo joias) das casas de celebridades como Paris Hilton, Lindsay Lohan e Orlando Bloom.

Emma Watson, Leslie Mann e Taissa Farmiga protagonizam a película exibida em Cannes na secção Un Certain Regard.

Os colares, brincos e pulseiras da Chopard, destinavam-se às celebridades que até dia 26 vão desfilar nas passadeiras vermelhas de Cannes.

A Chopard é o um dos principais patrocinadores do Festival de Cannes, sendo responsável pela criação da Palma de Ouro e pelos troféus de melhor ator e atriz.A joalheria fabrica gratuitamente o troféu, de 118 gramas de ouro, avaliado em mais de 20 mil euros.

 A direção do hotel, que fica em frente à delegacia da polícia municipal, recusou-se a fazer qualquer comentário.

Passavam poucos minutos das 20:00 estava no ar o noticiário do Canal+ em plena «Promenade de La Croisette», em Cannes, a propósito do Festival de Cinema. Toda a gente bem disposta até que um homem disparou dois tiros para o ar e ameaçou fazer explodir uma granada, o que causou pânico entre as pessoas presentes.

Na altura estavam a ser entrevistados os atores Christoph Waltz e Daniel Auteuil, membros do júri.

O homem foi detido de imediato e ninguém ficou ferido. Gritou: «Faço isto em nome de Deus». Segundo a polícia, tinha ainda uma faca e uma navalha.

 Em fevereiro, uma quadrilha levou, em plena luz do dia, 150 relógios de uma loja de luxo situada na Croisette, também avaliados em um milhão de euros.

Durante a edição de 2012 do Festival, assaltantes também furtaram quatro relógios de luxo dos jogadores senegaleses Souleymane Diawara et Mamadou Niang, no valor de 400 mil euros.

 Sexo e violência são os temas dominantes no primeiro dia da disputa pela palma de Ouro no festival de Cannes. De volta à competição dez anos depois de "Swimming Pool - À Beira da Piscina", o cineasta francês François Ozon apresenta "Jeune et Jolie" (Jovem e Bonita, em tradução literal), sobre uma adolescente que se prostitui por diversão.

 “Um Toque de Pecado”, de Jia Zhang-Ke, conta a trajetória de quatro destinos em quatro áreas distintas da China contemporânea. A violência e a febre de consumo da sociedade chinesa marcam as histórias. É a terceira indicação de Jia Zhang-Ke à Palma de Ouro.

Um país confuso, rigoroso e em transição social e política. O tema recorrente na cinematografia de Jia Zhang-Ke desta vez vem de quatro atos em *A Touch of Sin* (Tian Zhu Ding), baseado em historias verídicas de assassinatos e mortes em variados graus e situações na China. Em diferentes regiões do país como Cantão, Hubei e Shanxi, os personagens socialmente oprimidos que protagonizam cada narrativa do filme carregam em si o poder de mudar uma situação controversa com uma força vingativa.

É geralmente considerado como a figura de proa da "sexta geração" do cinema chinês, grupo que inclui também os realizadores Wang Xiaoshuai e Zhang Yuan, e um dos artistas mais célebres do cinema internacional.
 
Os primeiros filmes de Zhang Ke, uma triologia inspirada na sua província natal Shanxi, foram feitos fora dos apoios estatais chineses, e são, por isso, considerados filmes independentes. A partir de 2004, o estatudo de Zhang Ke aumentou, tendo lhe sido permitido filmar o seu quarto filme, em inglês The World, com apoio do estado.

Os filmes de Jia Zhang Ke têm recebido louvor crítico e obtido reconhecimento internacional, o mais notável dos quais o prémio máximo no Festival de Veneza para o filme Still Life, de 2006.


 Em pouco mais de uma década ele criou um corpo de trabalho que reflete as enormes mudanças dos últimos 50 anos da sociedade chinesa.

 Muito admirado pela crítica e uma inspiração para outros cineastas, Jia desenvolveu um original, em constante evolução estilo marcado pelo movimento da câmera fluida e uma relação porosa entre o real e o imaginado.  

Os seus filmes são caracterizados pela sua franqueza plainspoken e estética pós-moderna e povoada por amadores, bem como profissionais atores-iluminam as transformações que ocorrem no ambiente da China, arquitetura e sociedade, colocando pessoas todos os dias no meio de uma paisagem em tumulto.  

Com o objetivo de restaurar a memória concreta do lugar e para evocar a história individual de uma sociedade em rápida modernização, o cineasta recupera o passado imediato, a fim de imaginar o futuro. 

 Seus filmes refletem a realidade de verdade, ao mesmo tempo, usando fantasia e uma estética distinta de fazer perguntas existenciais sobre a vida e status numa sociedade em mudança


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