O Indie que decorre entre 18 e 28 de Abril, é considerado por muitos o melhor Festival de Cinema Independente de Portugal.
Quase 4000 obras foram consideradas este ano, das quais apenas 246 (80 longas-metragens e 166 curtas) serão apresentadas no festival. Podemos contar com a exibição de filmes de novos autores, mas também de autores mais consagrados. O Cinema português será cabeça-de-cartaz; 45 títulos (10 longas-metragens e 35 curtas), na sua maioria em estreia absoluta. "Hollywood está a ficar sem ideias" - diz o slogan deste ano.
As seções internacionais do IndieLisboa são o IndieMusic, onde serão exibidos filmes, maioritariamente documentais, sobre a temática musical, e o Director’s Cut, onde o IndieLisboa apresenta filmes nos quais a principal matéria-prima é o património cinematográfico.
IndieMusic - Documentário
Big Star: Nothing Can Hurt Me
Drew DeNicola
Os Big Star só se tornaram conhecidos anos depois da sua dissolução. Duas décadas depois do fim, a banda de Memphis foi redescoberta e as suas músicas, ode à adolescência no seu estado mais puro, agridoce, abençoado e amaldiçoado também, encontraram um culto alargado. O realizador conta a sua história e marca encontro com várias pessoas que tiveram algum papel na vida da banda, desde directores de arte a descendentes musicais e bandas que neles beberam influências (REM, The Flaming Lips, Belle & Sebastian, The Replacements, são alguns dos grupos que reclamam essa herança). Com muito material de arquivo inédito, uma parte do filme mostra os críticos de rock que em 1973 foram até Memphis para uma espécie de conferência que acabou por se tornar um lendário concerto de Big Star.
Charles Bradley: Soul of America
Poull Brien
Peaches Does Herself
Peaches
The Rolling Stones – Charlie Is My Darling - Ireland '65
Michael Gochanour 2012, Peter Whitehead 1965
Turning
Charles Atlas
Under African Skies
Joe Berlinger
Parallax Sounds- Música: David Grubbs, Ken Vandermar.
Augusto Contento
Explora a íntima conexão entre a música e a paisagem urbana de Chicago,
trazendo-nos entrevistas com músicos que contribuíram para moldar a
vibrante cena musical underground da cidade nos anos 90 e que continuam a
fazer um trabalho criativo e relevante nos dias de hoje: Steve Albini,
David Grubbs, Damon Locks, Ken Vandermark e Ian Williams. Através de
discussões que abrangem a arte, a política e as diferenças entre a
condição do artista na América e na Europa, os realizadores ajudam-nos a
entender como diferentes artistas reagem ao mesmo ambiente e que traços
comuns podem existir para unir uma produção artística tão variada.
KURT
Produtor: Adarsha Benjamin, Brendhan Bowers
Um curta-metragem abstracta que
re-interpreta e reinventa a vida de Kurt Cobain, como se fosse contada
através da lente de um sonho.
Art Will Save the World
Niall McCann
Argumento: Niall McCann
Fotografia: Matthew Kirrane
Som: Dean Jones
Som: Dean Jones
Art Will
Save the World foca-se em Luke Haines. O seu nome não é sinónimo de fama
– pelo menos não para a imprensa –, mas não é o artista anti-social que
poderiam achar. Haines começou na música no final dos anos 80 com a
banda indie-pop The Servants, lançou a Britpop e conheceu a fama com os
Auteurs e depois desapareceu, optando por uma carreira a solo mais
recôndita.
O documentário foge a tentar apresentar-nos o verdadeiro
Haines, o homem debaixo da máscara, antes prefere dar-nos a ver a beleza
dessa máscara. A forma como se aproxima dele, a narração
auto-consciente mas cómica de Haines, sem pedir desculpas, tudo concorda
com o universo da sua música. O trabalho e o autor manifestam-se em
fotografias, músicas, livros de memórias e comentários de amigos como
Jarvis Cocker e Arthur Matthews.
A Secção Competitiva de Longas-Metragens reúne um elenco de filmes muito interessantes, que incluem primeiras e segundas obras nunca antes mostradas publicamente no nosso país. Ainda sem distribuição garantida para o nosso país, esta obras foram finalizadas no ano em que decorre o festival ou no ano anterior. Os filmes deste ano são "Eat Sleep Die", de Gabriela Pichler (Suécia); "A Batalha de Tabatô", de João Viana (Portugal); "Eles Voltam", de Marcelo Lordello (Brasil); "Francine", de Brian M. Cassidy e Melanie Shatzky (EUA/Canadá); "Lacrau", de João Vladimiro (Portugal); "Leones", de Jazmín López (Argentina/França/Holanda); "Leviathan", de Lucien Castaing-Taylor e Véréna Paravel (Reino Unido/EUA/França); "Ma Belle Gosse", de Shalimar Preuss (França); "Orléans", de Virgil Vernier (França); "Simon Killer", de Antonio Campos (EUA) e "Youth", de Tom Shoval (Israel/Alemanha) .
Na secção Director"s Cut, a Cinemateca aceitou um diálogo com títulos programados pelo Indie, de forma a que um documentário sobre Harry Dean Stanton (Partly Fiction, de Sophie Hunter) possa falar com Paris Texas, de Wenders, que um documentário sobre Ben Gazarra possa ser o passaporte para revisitar a obra-prima They All Laughed, de Bogdanovich ou que o abissal The Unknown, de Todd Browning, possa sussurrar com um documentário de 2012 sobre o actor Lon Chaney, A Messenger from the Shadows, de Norbert Pfaffenbichler.
A secção integra este ano, pela primeira vez, um foco especial sobre um cineasta, Ulrich Seidl, exibindo a sua recente "Paradies Trilogy" e três documentários que com ela mantêm relações formais e temáticas. Os grandes destaques desta Secção Observatório englobam as estreias nacionais de "Before Midnight", de Richard Linklater (Filme de Encerramento) e "No", de Pablo Larraín (Filme de Abertura), bem como os dramas "É o Amor", de João Canijo; "Frances Ha", de Noah Baumbach, "Thy Womb", de Brillante Mendoza e "Spring Breakers", de Harmony Korine. A Secção Pulsar do Mundo também está de volta. Esta seção é constituída por documentários de longa e curta metragem que lidam com questões relevantes da atualidade mundial. A lista de filmes a concurso inclui obras bastante mediáticas como "The Act of Killing", de Joshua Oppenheimer; "The Girl from the South", de José Luis García e "Public Hearing", de James N. Kienitz Wilkins.
Para os miúdos também há, como sempre, o Indie Junior.
Sem comentários:
Enviar um comentário