Os The Sundays chegaram a ser chamados de “os Smiths de saias”, referindo-se
à vocalista Harriet Wheeler. Não era exatamente isso, mas o equívoco
não coloca o grupo tão longe de Morrissey, Marr e companhia.
Aproveitando a jangly guitar pop dos Smiths e o transe dream pop de bandas como os Cocteau Twins, os The Sundays arrastam seguidores dedicados dos círculos indie rock, tanto na sua nativa Inglaterra como na América, no início dos anos 90.
Embora as vendas dos seus dois primeiros álbuns sejam fortes, a banda nunca cruzou o mainstream, como observadores e tantos críticos previram que seria.
A banda foi formada no verão de 1987, em Londres, Inglaterra, pela vocalista Harriet Wheeler, que já havia cantado com uma banda chamada Jim Jiminee, quando conheceu o guitarrista David Gavurin, na Universidade de
Bristol. Passaram a viver
juntos, como namorados. Mesmo sem nenhuma experiência escreveram
uma série de canções, e adicionaram uma seção ritmo, com o baixista Paul Brindley e o baterista Patrick Hannan, ambos estudantes na mesma universidade.
Já em 1988, após enviar uma série de fitas demo para vários clubes de
Londres, bastou o primeiro show como The Sundays (um nome aleatório,
escolhido por ser o único que os quatro entraram em acordo –
era o “melhor dos piores”) em agosto de 1988, no Falcoln "Vertigo Club", em Camden, Londres, para se criar um frenesin em torno do quarteto.
Assinam pela Rough Trade. O tempo iria mostrar que a Rough Trade não estava equivocada, o primeiro single,
“Can’t Be Sure” (com “I Kicked a Boy” e “Don’t Tell Your Mother” no
lado B), alcançou o topo do top independente britânico, dando reconhecimento à
banda. O grupo levou um ano para gravar o seu primeiro álbum, Writing and Arithmetic.
Após “Reading, Writing And Arithmetic”, a banda viu-se diante da falência da Rough Trade e passaram para Parlophone Records.
“Blind”, o segundo disco, saiu em outubro 1992, e apesar do sucesso
ter sido idêntico em termos de vendas ao disco de estreia, os Sundays
demoraram outros cinco anos para fazer o terceiro disco, “Static And
Silence” (de onde saiu o single de maior sucesso comercial da
banda, “Summertime”).
O motivo: Wheeler e Gavurin casaram e tiveram o
primeiro filho em 1995, enquanto, paralelamente, montavam seu próprio
estúdio em casa. O segundo filho viria em 1999. Mas aí, “Static And
Silence” já era o último disco do Sundays, mesmo que ninguém até o
momento se desse conta disso. Wheeler havia decidido cuidar das
crianças.
A banda, oficialmente, não acabou. Só parou.
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