Em conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Luís Braga da Cruz, afirmou que a decisão do júri internacional «foi unânime», sendo que, com Suzanne Cotter, «uma pessoa multifacetada e com uma boa experiência», de 50 anos, «um novo ciclo de vida de Serralves se abre».
A nova directora vive actualmente em Nova Iorque, onde tem vindo a trabalhar, desde 2010, na Fundação Solomon R. Guggenheim como curadora do projecto do novo museu de Abu Dhabi, cuja abertura foi adiada para 2017.
Suzanne Cotter «aceitou o desafio de vir para Serralves, porque tem alguma ilusão com o projecto, um projecto contemporâneo».
«Conhece bem o que nós fazemos e sempre trabalhou na actividade curatorial e também em várias formações importantes na gestão cultural, na promoção de exposições com galerias e com museus», afirmou Luís Braga da Cruz.
Para o presidente da Fundação, Suzanne Cotter «é uma garantia de que o projecto de Serralves tem continuidade», por se tratar de uma «pessoa com muita vontade de trabalhar e com um currículo impressionante».
A nova directora, que nasceu em Melbourne, na Austrália, e tem mais de duas décadas de experiência nas áreas de curadoria e gestão de instituições culturais, «destacou-se e não ofereceu dúvidas ao júri» entre os sete finalistas a concurso que foram sujeitos a entrevista.
Segundo Luís Braga da Cruz, todos os 114 candidatos «têm noção da situação em que Portugal está», sendo que os cortes orçamentais de 30 por cento que a Fundação sofrerá em 2013 não perturbaram a negociação com Cotter.
«Nós acreditamos no projecto e achamos que alguma coisa há de acontecer de contracção, mas não baixaremos a qualidade daquilo que fazemos e vamos ter confiança naquilo que o futuro nos vai reservar», frisou Braga da Cruz.
Suzanne Cotter ficará à frente do museu de Serralves por um período de «4/5 anos, renovável apenas por mais um mandato», acrescentou o responsável, para quem a nova directora «tem uma personalidade forte», é uma pessoa «muito sólida e inteligente».
Com uma formação de base em Ciências Aplicadas, Cotter enveredou depois por uma licenciatura em História de Arte, na Universidade de Melbourne.
Em 1991, Suzanne Cotter desloca-se para a Europa, onde fez cursos de História de Arte em Paris e Londres.
Durante a sua passagem pelo Guggenheim, Cotter foi ainda co-curadora da 10.ª Sharjah Biennial, nos Emiratos Árabes Unidos.
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